Segundo dados de 2017 do Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a causa mais frequente de óbito da população adulta (10% dos óbitos) e consiste no diagnóstico de 10% das internações hospitalares públicas. Essas estatísticas alarmantes fazem do Brasil a quarta maior taxa de mortalidade por AVC entre os países da América Latina e Caribe.
Causas do Acidente Vascular Cerebral
Também conhecido como derrame, essa doença cerebral é causada, basicamente, pelo entupimento (isquêmico) ou extravasamento (hemorrágico) de uma ou mais artérias, impedindo, assim, que o sangue transporte oxigênio e nutrientes ao encéfalo.
Dentre os tipos de derrame existentes, o mais frequente é o isquêmico, cujo qual representa, ainda segundo informações do Ministério da Saúde, em torno de 85% dos casos.
“Os indivíduos que correm mais riscos são os hipertensos sem controle, os diabéticos sem tratamento, as pessoas com problemas de colesterol e gordura no sangue, os fumantes e os obesos. Importante salientar que, ultimamente, devido a hábitos como o alcoolismo e o uso de drogas ilícitas e de medicações que alteram a coagulação, como termogênicos e estimulantes, há uma incidência maior da doença em pessoas de 35 a 45 anos. Assim, pacientes com essas características, alteram a saúde de seus vasos sanguíneos, ocasionando entupimento ou ruptura”, explica Felippe Saad, coordenador da neurologia e neurocirurgia do Hospital Albert Sabin (HAS).
Os principais sinais indicativos da ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral são fortes dores de cabeça, paralisia dos braços ou das pernas, desvio da boca, dificuldades de fala, sonolência excessiva, desorientação e falta de visão de um dos lados. “Apresentando alguns desses sintomas em casa, trabalho ou qualquer outro lugar fora do hospital, deve-se acionar imediatamente o serviço de remoção com a finalidade de levar o paciente ao pronto atendimento o mais rápido possível. Nessas situações, cada minuto conta para o salvamento e posterior diminuição das sequelas”, alerta Saad.
Tratamento do AVC
O tratamento para essas situações varia conforme o tipo de AVC sofrido. No isquêmico, com suporte de cuidados intensivos e medicações para tentar desobstruir o vaso cerebral. Para o hemorrágico, pode-se requerer cirurgia objetivando drenar o coágulo de dentro do cérebro.
“Cuidar da saúde controlando a pressão arterial, diabetes, peso, se exercitando e consultando frequentemente o seu médico são medidas que podem evitar o aparecimento dessa e de outras doenças”, finaliza Felippe.
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Edição: Leonardo Guerino/ Colaborador