Existe um senso comum de que uma alimentação de qualidade requer grandes investimentos. Mas afinal, é possível comer bem desfrutando de alimentos saudáveis e acessíveis? Para a nutricionista Nayara Massunaga, não restam dúvidas que sim. “Para adquirir produtos de melhor qualidade e com preços reduzidos, é importante priorizar os alimentos da estação e, preferencialmente, orgânicos – encontrados com custos baixos em feiras orgânicas e pela Comunidade em Suporte à Agricultura (CSA )”, revela a nutricionista.
Como o outono – que já se inicia no próximo dia 20 de março – é conhecido por ser a estação das frutas, nada melhor do que aproveitar os alimentos da safra, os quais acabam sendo mais saudáveis, visto que não necessitam de uma grande quantidade de agrotóxicos. Entre as opções estão: tangerina, melancia, goiaba, figo, maracujá e abacate, além do nabo, repolho e abobrinha.
Como muitos acreditam que a alimentação saudável tem alto custo, isso acarreta em falta de comprometimento para seguir bons hábitos de dieta. “Assim, muitos buscam por alimentos industrializados, ricos em sal, açúcar e gorduras ruins e, por consequência, diversas doenças crônicas são aumentadas, gerando mais custos com tratamentos e, ainda, redução das atividades econômicas que sustentam a família”, complementa Nayara.
Além disso, a especialista dá dicas para cair nos erros cometidos pela maioria das pessoas: “o nutricionista tem o dever de realizar orientações nutricionais com base na condição financeira do paciente, contando com todos os nutrientes necessários para sua saúde. Como exemplo, se priorizarmos alimentos mais naturais – como frutas, verduras, legumes e cereais integrais – em todas as refeições, já teremos uma economia significativa na alimentação”.
Objetivos específicos
Apesar das dicas sobres os alimentos da estação, é necessário enfatizar que as orientações nutricionais devem ser individualizadas, de acordo com o tipo de treinamento, rotina do paciente e sintomas apresentados. Obviamente, objetivos como o emagrecimento e o ganho de massa magra, por exemplo, não se resumem apenas no consumo de determinado alimento, mas sim num conjunto de hábitos alimentares.
“Para estes objetivos, é importante ter controle no consumo de açúcar refinado, doces, sal de adição e gorduras trans e saturadas. Também é importante ficar atento ao consumo de alimentos industrializados, uma vez que apresentam alguns aditivos que podem gerar mais inflamação em nosso organismo, e, por consequência, prejudicar os resultados desejados”, explana Nayara.
Pensando em alimentos mais baratos para estes objetivos, ela cita algumas possibilidades:” os ovos – ricos em aminoácidos que auxiliam na sinalização de síntese de proteínas – e frutas, verduras e legumes da época – que fornecem inúmeros nutrientes e compostos bioativos importantes para o nosso metabolismo e controle da inflamação”.
Já em modalidades que demandam mais resistência, como corridas e maratonas, é importante priorizar alimentos que forneçam energia e aumentem a performance durante a atividade. “Neste critério, os alimentos fontes de carboidratos são essenciais, uma vez que proporcionam energia de forma rápida e efetiva”, finaliza a nutricionista.
Fonte: Nayara Massunaga, nutricionista do departamento científico do VP Centro de Nutrição Funcional
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