Uma dieta alimentar equilibrada e uma rotina de exercícios físicos são dois ingredientes fundamentais para se ter uma vida saudável e ótima para o controle da diabetes. No caso das atividades físicas para diabéticos a regra é a mesma, porém certos cuidados precisam ser tomados antes e depois da prática. Além disso, os benefícios que um estilo de vida menos sedentário pode trazer a quem sofre com a doença são muitos; por exemplo, o controle mais eficaz dos níveis de glicose no sangue.
Antes de começar a se exercitar, qualquer pessoa, mas principalmente o paciente com diabetes, deve passar por exames médicos e uma avaliação física. A partir daí, será possível elaborar um plano de exercícios de acordo com as necessidades e objetivos e que respeite os limites individuais. Para as atividades físicas para diabéticos e pacientes acima de 40 anos, orientam-se avaliações clínicas com cardiologista, endocrinologista e ortopedista. Além de exames de rotina, como o eletrocardiograma, exames de sangue, teste de esforço na esteira e radiografias do tórax.
Depois, é importante procurar um profissional da área de educação física, que vai orientar o praticante sobre a melhor modalidade e intensidade para cada objetivo. “Muitos estudos comprovam os efeitos do exercício físico aeróbico (caminhada, corrida, ciclismo), ou seja, atividades de baixa intensidade e longa duração, em pessoas com diabetes, principalmente do tipo 2. Porém, essa modalidade de diabetes, com o tempo, aumenta a perda de massa muscular, o que exige também um treinamento de força (musculação)”, afirma o educador físico Rodrigo Luiz Vancini.
Confira os benefícios e quais atividades físicas para diabéticos são recomendadas:
Reciclagem celular
Um estudo realizado por cientistas do Centro Médico do Sudoeste na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e publicado em 2012 na revista científica Nature, concluiu que a prática de exercícios físicos pode levar as células do corpo a praticarem autofagia. Isso significa que as células eliminam as organelas velhas e as utilizam como forma de alimento.
Esse processo funcionaria como uma “reciclagem” celular, permitindo que as novas células se adaptem às mudanças nas necessidades energéticas e nutricionais do corpo. Esse processo, além de combater o envelhecimento celular, previne que o organismo desenvolva a resistência à insulina, que tem como principal consequência o desenvolvimento do diabetes tipo 2.