Neste sábado, 21, é comemorado o Dia Mundial Sem Carne e, por isso, queremos te alertar do perigo que é seu consumo em excesso.
“O consumo excessivo da carne vermelha e os embutidos (carne processada), foi considerado nocivo a saúde humana pela OMS indicando a possibilidade de causar câncer (Agência Internacional de Pesquisa Sobre O Câncer – OMS – 2015). Outras pesquisas em andamento fazem a associação do consumo excessivo da carne vermelha e as doenças, principalmente as neurológicas. Além disso, apontam a menor imunidade devido a ação danosa no intestino. Além do alto teor de gordura saturada e de possíveis elementos estranhos ao nosso corpo, como hormônios e antibióticos utilizados para tratamento animal (que aumenta os problemas de doenças crônicas como obesidade e dislipidemias). Logo, cada vez mais, a substituição da proteína da carne vermelha por produtos vegetais têm sido muito efetiva”, conta o nutricionista, especializado Nutrição Integrada, Marco Quintarelli.
Como ingerir menos carne?
Nos últimos anos, as dietas que retiram a carne do consumo, como o vegetarianismo, estão em alta. “A procura pela substituição da carne vermelha na nutrição humana tem sido muito fomentada na sociedade nos últimos anos. Isso, por diversos motivos, entre os quais na busca pela melhoria da saúde do indivíduo, por questões filosóficas, religiosas ou ambientais”, afirma Mario.
Segundo ele, o prato mais tradicional do Brasil, o arroz com feijão, já é por si só uma boa alternativa para quem quer evitar o alto consumo de carne. “Esta combinação diária nos fornece todos os aminoácidos essenciais que e garantem um excelente aporte proteico a qualquer indivíduo. E, complementando com legumes e verduras verde escuras para os vegetarianos estritos, ou com a opção de incluir um ovo cozido, caso o indivíduo não queira abrir mão de uma proteína animal”, complementa.
Além disso, quem pretende deixar a carne de lado pode apostar em leguminosas, como feijões, ervilhas e grão de bico. Outra alternativa com bons resultados são os cogumelos e sementes bem combinados num plano alimentar. “Isso pode garantir uma nutrição saudável ao individuo. Inclusive sem um grande investimento financeiro em produtos de alto teor proteico. No entanto, de ultra processados e de alta tecnologia, como os suplementos”, emenda o nutricionista.
“Claro que atualmente para quem gosta de uma refeição mais elaborada ou de vanguarda temos diversas opções sem carne como as massas feitas de farinha de ervilha ou de farinha de batata doce, os hambúrgueres de grão de bico, proteína de soja ou de ervilha, todos de alto teor de proteína adequados para garantir um aporte proteico ideal numa refeição. Mas lembre-se que, somente um nutricionista tem condições de avaliar em suas refeições. A qualidade e a adequação da quantidade da proteína ideal indicada para cada indivíduo”, aponta.
Sem prejuízo ao corpo
Segundo Marco Quintarelli, essas alternativas vão te garantir mais saúde. “As ‘proteínas substitutas’ sendo elas vegetais e minimamente processadas e sem aditivos químicos, são as ideais para o consumo no lugar da carne. E não agem de maneira nociva no nosso organismo”, aponta.
Por fim, o especialista reforça alternativas para que a dieta fique ainda melhor. “Sendo minimamente processadas, isto é, passar por menos transformações de sua estrutura e sem aditivos químicos como conservantes, acidulantes, espessantes, etc. Elas não irão agredir o nosso organismo. Um bom exemplo seria preparar um hambúrguer de grão de bico, que é de alto teor proteico, pois será muito mais saudável se preparado com o próprio grão de bico preparado em casa, muito mais saudável do que se comprar o produto industrializado”, encerra.