A Páscoa, assim como o Natal, é um feriado de muita comilança. Durante os três dias da festividade, as pessoas comem bacalhau, salpicão, frango, frutos do mar, e, principalmente, chocolate. Esse último é uma tradição: se não vem em forma de ovo, vem em barra ou em qualquer outro formato, o importante é que esteja presente. No entanto, o excesso de chocolate pode ser extremamente prejudicial.
Ao comer chocolate, ingerimos uma grande quantidade de gordura, conservantes e açúcares, aponta o nutricionista Clayton Camargos. O consumo exagerado em um curto espaço de tempo aumenta o nível desses nutrientes. Isso pode sobrecarregar o fígado, além de inflamar o tecido adiposo. “A forma mais clara de percebermos que exageramos são as dores de cabeça e abdominais, intestino preso, diarreia, indisposição, enjoo, inchaço e gosto amargo na boca”, cita. Mas, segundo ele, essas são apenas as respostas mais imediatas do corpo à abundância de gorduras e açúcares.
Ele destaca que se o consumo em excesso se prolongar, a pessoa pode desenvolver diversas doenças, como diabetes e problemas no sistema imunológico. “O açúcar leva a pessoa a desenvolver a diabetes, que pode vir a afetar outros órgãos. Já a gordura aumenta o colesterol ruim (LDL) e diminui o colesterol bom (HDL). A pessoa pode ainda estar mais suscetível a desenvolver aterosclerose, AVC e outros problemas cardiovasculares”, aponta.
O efeito de cada tipo de chocolate
Clayton Camargos aponta que os diferentes tipos de chocolate podem impactar na forma que o corpo responde ao excesso. “Apesar de terem quase os mesmos ingredientes, a quantidade de cada produto na receita pode sim influenciar em como nos sentimos depois do exagero”, emenda.
A começar pelo tradicional chocolate ao leite, que possui cacau, que dá energia, e leite, que deixa a pessoa mais lenta. Além disso, em sua composição há muita gordura e açúcar, o que pode aumentar o nível glicêmico e a acne em quem consome.
O chocolate branco, ao contrário dos demais tipos de chocolate, não tem o cacau em si na sua receita. “Ele é feito a partir da manteiga do cacau, ou seja, a gordura da fruta. Então a pessoa ingere gordura hidrogenada, que aumenta consideravelmente o seu colesterol ruim”, pontua.
O chocolate amargo é o que mais se aproxima do cacau, por ter pelo menos 60% da fruta em sua composição. Esse tipo de chocolate é rico polifenol, um importante oxidante. Porém, o nutricionista lembra que o chocolate amargo ainda contém açúcar e gorduras que são prejudiciais em excesso.
Mas e se eu já exagerei?
Depois de um feriado de Páscoa, nada melhor do que começar a semana limpando o organismo. Por isso, o especialista afirma que a forma mais simples é voltar a sua rotina de alimentação de antes. “Estabelecer horários para cada refeição e consumir alimentos mais leves pode ajudar, mas o resultado pode ser mais demorado”, completa.
A Tintura desenvolvida pela Farmacotécnica é uma outra forma de desintoxicar o corpo do chocolate. “Composta de tintura de abacateiro, alcaçuz, bardana, cardo Mariano, coentro e dente de leão, a combinação estimula a desintoxicação do organismo”. A farmacêutica Aiessa Bales ainda conta as vantagens. “Também elimina metais pesados e o excesso de líquidos, regula a função intestinal, desincha, melhora a disposição e auxilia a emagrecer”, explica.
Os resultados aparecem já nos primeiros dias de uso. “Basta diluir 5 mL da tintura em um copo com água e tomar pela manhã, em jejum, por sete dias. Mas é importante ter a indicação de um médico, nutricionista ou farmacêutico para ingerir o produto”, reforça. Por fim, ela acrescenta que o manipulado não deve ser ingerido por crianças, gestantes e nem lactantes.