Você já deve ter ouvido falar no teste biomecânico, geralmente aplicado em corredores de níveis e finalidades diversos. O exame é bem simples e pode ser feito em uma esteira, bicicleta ou, em casos mais específicos, simulando movimentos da modalidade, como futebol e basquetebol.
A Amanda Preto, que é editora da Sport Life e também meia maratonista, nunca havia feito um exame desse tipo e topou fazê-lo para descobrir a causa de sua lesão crônica nos dois tornozelos – a conhecida canelite, que afeta muitos adeptos da corrida. Para o teste, foram colocados sinalizadores pelo corpo da Amanda, com o objetivo de filmá-lo em ação em todos os ângulos possíveis, permitindo uma avaliação tridimensional do movimento. Além disso, geralmente são feitos exercícios específicos com o paciente parado. Com tais recursos, conseguimos avaliar pontos relevantes para o diagnóstico: padrão de corrida, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.
Assim, no caso da Amanda, foi possível identificar quais músculos estão encurtados, ou seja, que causam um movimento mais restrito e quais músculos devem ser fortalecidos para que o movimento da corrida seja mais harmonioso. Outro ponto verificado durante o exame é a posição da coluna vertebral durante a corrida. No geral, a Amanda possui uma boa postura, mas seus quadris apresentam um desequilíbrio na aterrissagem. Isso significa que ela precisa de um trabalho de fortalecimento para a região de glúteos e quadris para reequilibrar a sua biomecânica, de forma a evitar a sobrecarga desnecessária dos tornozelos, que levam ao quadro da canelite ou periostite.
Assim, se você possui o mesmo problema ou deseja prevenir esse ou outro tipo de lesão, o teste biomecânico é fundamental, principalmente se há a intenção de aumentar o volume de treino: um padrão atípico de corrida ou marcha pode gerar uma lesão. Se esse movimento atípico ocorre em menor proporção, como em uma prova de 5 km, é possível que o atleta não desenvolva nenhum tipo de lesão. Porém, se o treinamento é para uma maratona, o risco de ficar de molho é bem maior, o que pode custar a participação na prova.
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Além disso, se você é um atleta avançado, o teste serve de polimento, pois ajudará a corrigir pequenos desvios, de forma a economizar energia e melhorar a performance. É bom lembrar que, além do teste biomecânico, é importantíssimo realizar exames periódicos para uma atividade física segura e sem surpresas negativas.
Bons treinos!