Uma orientação a mais é bem-vinda, ou seja, não custa se atualizar com as questões da saúde em prol de uma boa forma ou por uma condição de alta performance no esporte. Sendo assim, a alimentação é essencial para quem quer viver bem e nesse sentido existe esta pergunta: é melhor evitar o suco com açúcar?
Faz bem para saúde não tomar suco com açúcar
“Com certeza. O açúcar refinado, quando consumido em excesso, traz diversos malefícios para a saúde. Podendo ser aliado do desenvolvimento de uma série de doenças. Como, por exemplo: disbiose intestinal, que é quando o intestino perde as bactérias benéficas, acumula as patogênicas, aumentando os quadros infecciosos e alergias, além de diminuir a imunidade”, garantiu em entrevista exclusiva para o Sport Life a médica Dra. Paula Peres.
Ainda de acordo com a colocação da doutora, o que ocorre com essa doença é o aumento dos níveis de gordura, o que inclui aquela que se armazena no fígado e o acréscimo do risco de surgimento da diabetes.
Paula listou algumas opções para quem quer trocar o açúcar na hora do suco e, paralelamente, destacou que o ideal é que uma pessoa se acostume a tomar o sabor “original” da fruta.
“O ideal seria se acostumar com o verdadeiro sabor dos alimentos, mas caso não seja possível, substituir por adoçantes naturais como o xilitol, eritritol, stevia, maltitol e taumatina”, advertiu a profissional.
As demais orientações para o consumo de açúcar
A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que o consumo não ultrapasse 5% do total energético diário. O que denota que independentemente da idade ou gênero todas as pessoas mantêm baixa ingestão de açúcares livres.
“As diretrizes da AHA (American Heart Association) é de no máximo 250 kcal, que equivale a 38 g de açúcar. A recomendação máxima é de 100 kcal, o equivalente a 25 g de açúcar para mulheres. Para crianças, a recomendação máxima é abaixo de 25 g”, detalhou Peres.
Logo depois, essa profissional ressaltou em contato com o Sport Life, que quando falamos do consumo máximo, não se trata apenas do açúcar refinado “de mesa”, mas do açúcar presente em balas, biscoitos, refrigerantes e doces também estão inseridos nesse valores.
Como fica a questão do consumo de sucos para diabéticos?
“Pensando em pessoas com diabetes, a ingestão de frutas com casca e bagaço é sempre mais interessante do que a ingestão de sucos, pois no processo de fazer o suco as fibras acabam se perdendo e aumentando assim o índice glicêmico. Exemplo: a laranja tem índice glicêmico de 62, e o suco de laranja tem 74. Mas escolhendo as melhores opções para esse público os sucos de frutas menos calóricos mais indicados são limão, kiwi, morango, pêra ou graviola sem adição de açúcar”, respondeu.
Açúcar x adoçante: qual é o melhor?
Paula argumentou que essa é uma questão muito frequente. Sendo assim, precisa pensar no tipo de pessoa que vai ingerir. Se essa pessoa for diabética, o adoçante é viável. O que difere de quem não é diabético.
“Ter uma recomendação máxima não significa que não exista nenhum malefício. Em relação aos adoçantes, assim como o açúcar, não é recomendado o consumo exagerado dos artificiais por serem altamente industrializados. E os naturais por alguns causarem desconfortos gastrointestinais quando consumidos em excesso. Todos são seguros para o consumo em quantidade reduzida, mas pensando em saúde ou redução de peso, os adoçantes naturais são as melhores opções”, encerrou a Dra. Paula Peres.
Dados
A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018) acusou que 85,4% da população utiliza açúcar para alimentos e bebidas. Além disso, o Ministério da Saúde anunciou em 2019, que a média de consumo anual é de 30 kg, o que se equipara com cerca de 80 g ou 18 colheres de açúcar por dia.