Paulista de São José dos Campos, 29 anos de idade e reconhecido pela sua atuação na beirada do campo. O atacante Victor Sá, do Botafogo, comentou o desejo de ser campeão brasileiro. Além disso, o camisa 7 do Glorioso também relembrou seu gol no “Clássico Vovô” em entrevista exclusiva para o Sport Life.
Victor Sá se rende ao seu poder de decisão contra o Fluminense
“Marcar gol é sempre especial. Todos têm um sentimento diferente e uma importância diferente. Aquele gol foi especial, foi o gol da vitória, no Maracanã, que é um estádio histórico. Então, foi um bonito gol e muito especial”, admitiu o atleta.
Nessa ocasião, o Bota foi a campo contra o arquirrival Fluminense pela quinta rodada da fase de grupos do Estadual, lidava com cobranças da sua torcida e esse triunfo “lavou a alma”. Afinal, deu tranquilidade para sequência do trabalho do então técnico português Luís Castro.
O Clássico Vovô nada mais é do que o jogo entre Botafogo e Fluminense, rivais que medem forças desde o ano de 1905, histórico que o deixa como clássico mais antigo do Brasil e o terceiro da América do Sul, atrás apenas da rivalidade argentina Rosario Central x Newell’s Old Boys e uruguaia Peñarol x Nacional.
Atual rendimento e sequência do Victor Sá na temporada 2023
Victor é um dos integrantes da nova era do Alvinegro de General Severiano, ou seja, fez parte do “pacote” de reforços desde quando o clube tornou-se SAF (Sociedade Anônima do Futebol) após compra efetuada pelo empresário estadunidense John Textor, de 57 anos, em 3 de março de 2022.
Nesta temporada, Sá atuou em 12 partidas pelo Brasileirão e marcou um gol, na Copa Sul-Americana esteve em ação por seis vezes e balançou as redes em duas oportunidades e, também, foi a campo pelo Estadual e Copa do Brasil. O atacante não se contentou com o seu tento diante do Fluminense, isto é, está em busca do algo mais com o manto do Fogão.
“Ser campeão sempre é muito especial. É a coroação de um trabalho bem feito. Sempre que entramos em uma competição vamos com o pensamento de sermos campeões. No momento, estamos muito focados na sequência da temporada, pensando jogo a jogo, focados e trabalhando muito”, expôs Victor.
O Botafogo é líder do Brasileiro com 11 pontos de vantagem em relação ao vice-líder Grêmio e encontra-se nas oitavas de final da Sul-Americana frente ao Guaraní, do Paraguai, cujos duelos serão realizados em 2 e 9 de agosto, no Nilton Santos e Manuel Ferreira, respectivamente.
A equipe viveu recente transição no seu comando devido a saída do Luís Castro, que aceitou a proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita. Assim, a direção botafoguense viabilizou a contratação do também português Bruno Lage. Victor despistou sobre essa mudança e reforçou o foco do elenco.
“O que eu posso afirmar é que nós trabalhamos muito todos os dias para podermos melhorar a cada treino, desempenhar o melhor futebol dentro de campo e seguir com esse bom rendimento”, garantiu o profissional.
Os demais ciclos do camisa 7 do Fogão
Victor Sá iniciou nos gramados pelo hoje extinto time Primeira Camisa-SP, depois rumou para base do Palmeiras e sem espaço foi contratado pelo Joseense para as disputas das temporadas de 2014 e 2015 da Série A3 do Campeonato Paulista, épocas em que foi observado por um profissional do Kapfenberg, da Áustria, que o ajudou na sua contratação.
Além do ciclo 2015 – 2017 no Kapfenberg com direito a 30 gols em 69 partidas, Victor também representou na Áustria o LASK, time em que conseguiu ser vice-artilheiro do campeonato local com 13 gols em 21 jogos e artilheiro da Copa da Áustria na temporada 2018/19 com o total de seis tentos.
Esse destaque foi o bastante para migração de Sá para Alemanha, e, especificamente, no Wolfsburg. Por essa agremiação, colaborou com a campanha do quarto lugar na Bundesliga da temporada 2020/21, que o credenciou para participação da Champions League.
Antes de desembarcar em solo alvinegro, Victor jogou por um ano nos Emirados Árabes Unidos pelo Al-Jazira. E “faturou” o título da edição 2021/22 da UAE Supercup.
“Foi um período de grande aprendizado em todos os aspectos tanto na vida pessoal quanto profissional. São países extremamente diferentes do Brasil, tanto na cultura quanto também no futebol. Consegui aprender bastante e levo isso comigo. Pude jogar a Bundesliga, Europa League e enfrentar grandes adversários. Então, foi como tinha que ser”, concluiu Victor Sá.