É possível retardar o envelhecimento graças à prática da corrida. Ao menos, foi isso que apontou um estudo feito pela Universidade de Stanford, nos EUA. Nele, praticantes regulares dessa modalidade foram acompanhados por mais de 20 anos e comprovaram essa tese.
Os pesquisadores acompanharam 500 atletas, todos acima de 50 anos de idade. Os mais idosos apresentaram menos complicações de saúde, uma expectativa de vida maior e 50% menos chance de falecer de morte súbita do que os não corredores.
“A pesquisa tem uma mensagem pró-exercício. Se você tiver que escolher uma coisa para torná-lo mais saudável à medida que envelhece, que seja o exercício aeróbio como a corrida”, disse James Fries, autor do trabalho.
No começo do estudo, os atletas corriam em média quatro horas por semana. 21 anos depois, o tempo de corrida havia caído para 76 minutos semanais. Ainda assim, eles se mantinham mais saudáveis e com os efeitos do envelhecimento reduzidos em relação aos não-atletas.
Eficiência aumenta com envelhecimento
Pessoas da terceira idade ainda se mostraram mais eficientes no sistema de fornecimento de oxigênio (VO2 max). Ou seja, como o desempenho aeróbio também depende da eficiência com que ele é utilizado, eles podem praticar essa atividade sempre que possível. Os anos de treinamento ainda contribuem para o aumento dessa eficácia.
Mas vá com calma! É preciso já ter passado por um programa de fortalecimento, e essa nova fase de treinos deve preferencialmente ser orientada e supervisionada por um profissional qualificado. De qualquer modo, fica a dica.
Não será possível entrar na máquina do tempo, mas mesmo quem começar a praticar a corrida tardiamente aproveitará dos benefícios e diminuirá os efeitos do envelhecimento. O desempenho ainda pode ser competitivo, desde que comparado em sua faixa etária, principalmente ao fazer nos treinos o que aqueles que acreditam estar “muito velhos para isso” não fazem.