Hoje a ciência já descobriu que os sintomas da Covid-19 são inúmeros, e que podem causar diferentes impactos na saúde das pessoas. Para aquelas que, felizmente, estão se recuperando em casa, uma nutrição adequada pode facilitar o período. Quem dá a dica é a nutricionista Tayse Correa, parceira da FIT FOOD.
Uma das chaves está no bom funcionamento das mitocôndrias. Já ouviu falar delas? São estruturas que estão dentro das células, e que são responsáveis por mais de 90% da energia necessária para a atividade celular. No entanto, além de gerar energia, também são linha de defesa contra a infecção do coronavírus em nível celular.
“Um profissional de Nutrição pode indicar suplementos apropriados para reforçar o funcionamento do corpo – diz Corrêa – hoje algumas das opções são por exemplo a coenzima Q10, complexo B, D-ribose, L carnitina, PQQ e e creatina. Com um suporte nutricional, é possível amenizar sintomas mais comuns como a perda de apetite, alterações do paladar, perda do olfato, cansaço, fadiga, aumento de muco, congestão nasal e dores de cabeça”.
A seguir, Tayse lista o pode ser feito na nutrição para se recuperar desses sintomas:
Falta de apetite: preferir alimentos amolecidos, úmidos e cozidos para facilitar a recuperação do paladar e digestão. Não abusar da quantidade de sal. Investir em alimentos como manjericão, hortelã e salsa para estimular as papilas gustativas. “Uma dica é fazer smoothie com proteína (whey ou proteína vegetal) e frutas. A bebida ajuda a manter o aporte proteico durante essa fase”, recomenda.
Reabilitação olfativa: diariamente, inalar diferentes odores pelo menos duas vezes ao dia. Fazer esse exercício de inalações curtas de mais ou menos de 20 segundos cada. “Separe em alguns potinhos óleos essenciais, café, canela, alho, curry. Evite itens alcoólicos e ácidos para inalar”, sugere.
Redução da secreção nasal: fazer compressas com óleos essenciais de hortelã-pimenta ou eucalipto. “Recomendo também fazer uma limpeza nasal com soro fisiológico todos os dias pela manhã”, diz.
Além da nutrição, também vale a pena não descuidar da hidratação. Manter o corpo hidratado é fundamental para conter os sintomas e trazer alívio. “Além de caprichar na água, invista também em chá de gengibre, hortelã, capim-limão, tulsi e chá verde”, recomenda. E para fechar a dupla, a alimentação é essencial para se restabelecer. Além disso, comer bem ameniza o estresse oxidativo que a doença provoca.
Devem entrar na dieta elementos como zinco, vitamina D, vitamina C, selênio e N-acetil-cisteína para a recuperação. “Em forma de suplementos, o consumo deve ser feito somente com indicação profissional. Entre os alimentos, consuma ovos, peixes, carnes magras, sementes de abóbora e girassol para zinco; três castanhas-do-pará ao dia para obter selênio; sucos de frutas frescas ou em polpa de acerola, goiaba, kiwi, laranja e limão para vitamina C”, recomenda.