A prática regular de exercícios físicos traz grandes benefícios à saúde de todos, independente da idade. Para os idosos as vantagens de se manter ativo são ainda mais importantes. Segundo dados da revista médica American Journal of preventive Medicine, a prática contínua de atividades como musculação pode aumentar a expectativa de vida em até seis anos.
Muitos idosos estão fora da academia
No entanto, o número de pessoas com mais de 60 anos que frequentam uma academia é muito pequeno em comparação ao de jovens e adultos. Uma pesquisa realizada pelo Centro Universitário Internacional Uninter, indicou que, de 2.014 pessoas matriculadas em nove academias de ginástica, somente 8,5% possuem 60 anos de idade ou mais.
“Fizemos uma comparação das pessoas matriculadas antes da pandemia e após o retorno das atividades presenciais, e o número diminuiu. As pessoas, principalmente os idosos, não retornaram às atividades, mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendando a prática regular de exercícios físicos para aumentar a imunidade”, revela Tatiane Calve, professora de educação física na Uninter e coordenadora do estudo.
Para a especialista, existem algumas hipóteses sobre os motivos pelos quais os idosos não frequentam as academias de ginástica. Entre eles, ela cita:
- Mau atendimento;
- Falta de acessibilidade;
- Falta de capacitação por parte dos profissionais para prescrever e orientar os exercícios físicos para esta população;
- Vergonha de estar em um ambiente predominantemente frequentado por jovens;
- Prejulgamento por parte dos idosos pelo estereótipo em relação à estética corporal.
Recomendações para a terceira idade
Segundo a OMS, para uma vida saudável e ativa, os idosos devem praticar entre 75 e 300 minutos de atividade aeróbica por semana, dependendo da intensidade.
“Além dos exercícios aeróbicos, são recomendadas também atividades de fortalecimento muscular e de multicomponentes. Isso porque elas enfatizam o equilíbrio, força, agilidade, flexibilidade, prevenção de doenças, melhora da funcionalidade, aumento da independência e da saúde”, finaliza a educadora física.