Em 1965, cardiologistas descobriram pela primeira vez que conforme a saúde de uma pessoa piora, as variações entre seus batimentos cardíacos ficam cada vez mais uniformes. E isso não é nada bom, já que um coração saudável bate em um ritmo irregular. Segundo a psicofisiologista do esporte Lindsay Thornton, logo antes de um infarto, por exemplo, essa variação chega a zero, ou seja, uma regularidade perfeita.
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Essa medição, chamada de variabilidade da frequência cardíaca (VFC), “é um jeito fácil e simples de avaliar a saúde geral de alguém”, explica Lindsay. Treinadores de elite usam há muito tempo a VFC para determinar se seus atletas se recuperaram o suficiente após um treino pesado, para então poderem forçar o ritmo novamente.
Até pouco tempo atrás, para monitorar a VFC, eram necessárias máquinas caras encontradas somente em hospitais. Mas atualmente, existem aplicativos que permitem que você meça sua frequência cardíaca sem sair de casa. Isso é uma ótima notícia para os atletas amadores que, da mesma forma que os profissionais, às vezes confundem descanso com preguiça, treinando duro quando na verdade, deveriam tirar um dia de folga.
Para acompanhar sua VFC, você precisa de um sensor de dedo ou um transmissor para medir batimentos cardíacos. Agora, siga as instruções abaixo:
- Estabeleça uma média: faça um teste todos os dias, durante duas semanas e defina sua média;
- Controle as variáveis: realize o teste de VFC no mesmo horário, pela manhã antes de se levantar da cama;
- Monitore a pontuação: o aplicativo oferece uma pontuação de 1 a 100. Se seu resultado der muito baixo, por exemplo menos de 60, melhor pegar leve, pois o seu corpo ainda não se recuperou do último treino. Uma pontuação mais perto de 100 significa que você está em estado de homeostase, ou seja, pronto para forçar o ritmo.
Agora, aprenda algumas curiosidades sobre um dos órgãos mais importantes do corpo humano:
1- Um bom preparo físico é sinônimo de menos batimentos cardíacos, um coração mais forte pode bombear mais sangue por batimento do que um coração fraco. Um homem adulto, por exemplo, em média tem uma frequência cardíaca de 70 bpm por minuto, já o coração de um atleta de elite pode bater apenas 30 vezes por minuto. Uma frequência cardíaca baixa também pode reduzir o risco de pressão alta e doenças cardiovasculares.
2- Desidratação eleva a frequência cardíaca, pois seu coração bombeia sangue oxigenado pelo corpo durante os exercícios. Quando você está desidratado, o sistema circulatório passa a ter um volume menor de fluídos, o que leva o coração a precisar fazer mais força. Beba líquidos assim que sentir sede durante treinos e competições.
3- Exercícios de resistência são bons para o coração, de acordo com o pesquisador estadunidense Bruce Andrea, a genética tem um papel importante nisso, mas o exercício de resistência realmente ajuda a manter a elasticidade do coração, algo bom para se manter até a velhice.
4- O coração, como os demais músculos, precisa descansar. É essencial que haja dias puxados e dias leves, semanas puxadas e semanas leves, meses puxados e meses leves. Pense a longo prazo e tire algumas folgas durante cada temporada.
Fonte original: Go Outside