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Testamos: tênis Adidas Terrex Agravic Boost

Testamos o lançamento de trail da Adidas e contamos tudo para você. Vem ver!

Antes do teste, limpinho e pronto para o abate. Foto: Amanda Preto.

O novo Adidas Terrex Agravic Boost foi lançado pela marca no final de março e recebemos o modelo para ser colocado à prova. Sempre utilizamos critérios para avaliar o desempenho dos tênis com o máximo de detalhes, para você ter referência do que pode ser bom para o seu estilo de treino e objetivo. O Terrex Agravic Boost foi desenvolvido especialmente para a prática de trail running, ou seja, para aguentar firme corridas feitas em trilhas mais simples e técnicas, seja em montanha ou em qualquer outro espaço outdoor que exige segurança, conforto e estabilidade.

Antes do teste, limpinho e pronto para o abate. Foto: Amanda Preto.

Ele conta com a tecnologia Boost, que oferece mais retorno de energia às passadas. Seu tecido impermeável é resistente e, antes mesmo de calçá-lo, foi possível perceber a resistência do solado, feito do mesmo material de pneus da marca Continental. A presença estratégica de cravinhos pela extensão do solado também foi um ponto positivo por ser um pré-requisito em um tênis desse perfil, visto que um corredor de montanha se depara com barro, galhos, grama seca, molhada, buracos, enfim, todo o tipo de obstáculo possível que só a natureza pode oferecer.

 

Solado do equipamento é bem robusto e com um ótimo grip

Solado do equipamento é bem robusto e possui um ótimo grip. Foto: Amanda Preto.

 

Saiba mais

9 dicas essenciais para fazer trail running

Veja como foi a Indomit de São Bento do Sapucaí de 2016

Como ele se saiu nos testes?

Nada como um treino em um local propício para atestar se o tênis é um equipamento que vale investir R$ 799,99. Utilizei o Terrex na prova da Indomit de São Bento do Sapucaí. Foram 12 km de percurso desafiador e repleto de subidas íngremes e descidas que exigiram bastante cautela. Ao calçá-lo, achei ele bem adaptável aos pés: não senti nenhum incômodo, entregou o conforto prometido.

Não se trata de um calçado flexível, pois ele precisa ser robusto para proteger os pés do atleta que for usá-lo. Já pensou pisar em um galho e interromper sua prova ou treino porque machucou o pé? Pois neste quesito, inclusive, me senti bem segura e confortável. Seu ótimo grip permite atravessar terrenos acidentados e escorregadios sem medo de cair, principalmente em subidas e descidas. Senti pouca necessidade de me segurar às árvores e paredes rochosas do percurso.

Terrex depois da prova: sua capacidade autolimpante impressionou. Foto: Amanda Preto.

Terrex depois da prova: sua capacidade autolimpante impressionou. Foto: Amanda Preto.

Resumo a minha plena satisfação com o Adidas Terrex Agravic Boost nas notas para as características abaixo, que acredito serem essenciais para uma escolha certeira.

Segurança: 5
Grip (capacidade de aderência a terrenos instáveis e escorregadios): 5
Estabilidade: 5
Conforto: 4
Design: 4
Amortecimento: 4
Robustez/resistência: 5

Esta é a palmilha depois da prova. Ficou intacta e dispensou limpeza. Foto: Amanda Preto.

Esta é a palmilha depois da prova. Ficou intacta e dispensou limpeza. Foto: Amanda Preto.

Caí umas duas vezes, mas por descuido meu, pois não havia percebido os buracos estendidos sob o capim afofado a uma certa altura da prova. O que mais me surpreendeu de fato foi a sua leveza e capacidade autolimpante: enfiei literalmente o pé na lama, em uma poça bem profunda. Pensei: “adeus, tênis limpinho e irretocável”, mas quando finalizei a prova e olhei para os meus pés, o tênis estava praticamente livre do barro. Estava com um pouco de lama na superfície, é claro, mas nem chegava perto da pantufa de barro que se tornou quando o sujei.

Ao final do dia, o solado estava limpo, não precisei passar um pano sequer nesta região. E uma escovinha úmida com um pouco de sabonete neutro foi o suficiente para limpar o cabedal do tênis e deixá-lo novinho, como se tivesse acabado de sair da caixa.

Eu com o Terrex logo após cruzar a linha de chegada. Ele se livrou do barro sozinho! Foto: Amanda Preto.

Eu com o Terrex logo após cruzar a linha de chegada. Ele se livrou do barro sozinho! Foto: Amanda Preto.

Mesmo sendo uma corredora de montanha iniciante, prezo muito por um tênis de qualidade no asfalto, pois o corredor precisa de um equipamento que o ajude a chegar lá sem atrapalhar. Por isso, meu veredito é totalmente favorável. Embora o preço de R$ 799,99 não seja um valor acessível, o custo-benefício compensa. Acredito que para derrubar o Terrex você precisa fazer centenas de treinos, permitindo que você o tenha em sua companhia por um bom tempo. Recomendado e aprovado!

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