Em estudos na década de 1910, pesquisadores norte-americanos e britânicos descobriram um elemento que, por mais que se analise, gera polêmicas: a vitamina D. Este nutriente é encontrado em alimentos como bacalhau, salmão, leite e gema de ovo, mas sua fonte principal é o sol.
Isso, aliás, é o motivo de tantas discussões acaloradas. Enquanto alguns defendem que a única maneira de garantir quantidades suficientes do nutriente é por meio de banhos de sol, outros atestam que a cota deve ser obtida com alimentos e suplementos. Mas qual a real importância dessa vitamina no organismo?
“A vitamina D é produzida na pele pelos raios ultravioleta do sol e, então, é transformada, após passar pelo fígado e pelo rim, em hormônio D, sua forma ativa. É ele que se liga a vários receptores na maioria das células do organismo”, esclarece Maria Fernanda Barca, doutora em endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Sociedade Europeia de Endocrinologia (SEE).
Relacionado a isso, apresentamos todos os benefícios que a vitamina D pode trazer.
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FORTALECIMENTO ÓSSEO – Com o hormônio ativo, ele passa a atuar nos ossos, onde ajuda em sua formação e evita a perda óssea. Isso ocorre por conta da necessidade da vitamina D para a absorção de cálcio. Tal nutriente em falta pode causar raquitismo na infância e osteoporose na vida adulta. (Foto: Shutterstock)
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ATUAÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL – Sua ação contribui no aperfeiçoamento da memória, melhora a concentração e o humor e também protege os nervos periféricos. Em caso de deficiência, a pessoa apresente mau humor, instabilidade emocional, depressão e aumenta as chances de desenvolver a doença de Alzheimer. (Foto: Getty Images)
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CONSTRUÇÃO MUSCULAR – A vitamina D contribui para a força muscular. Sua falta aumenta o risco de quedas e fraturas. (Foto: Shutterstock)
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DEFESA DO ORGANISMO – Evita infecções virais e bacterianas promovendo o equilíbrio das células defensoras. Da mesma forma, ajuda a evitar a síndrome metabólica, a pré-diabetes e a diabetes. (Foto: shutterstock)
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PARA ESPORTISTAS – A vitamina D está ligada à força muscular e, por extensão, à hipertrofia. Logo, nada mais natural que ela seja uma boa pedida para quem se exercita. Esportes de endurance como corrida e ciclismo devem ter o nutriente no cardápio, já que nessas atividades há uma maior produção de hormônios de estresse como cortisol, adrenalina e paratormônio, e isso pode levar à fraqueza muscular, dor e fraturas ósseas. Atletas que apresentam fraturas por estresse e dores musculares precisam ter maior cuidado e evitar a deficiência desse nutriente. (Foto: Reprodução/Pixabay)
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SUPLEMENTAÇÃO – Devido aos seus benefícios, a vitamina D passou a fazer parte da suplementação alimentar de muitas pessoas. Muito por conta também de uma absorção insuficiente do nutriente de maneira natural. A suplementação pode ser feita através de produtos líquidos ou em cápsulas, mas, é claro, é necessária a recomendação de um nutricionista ou de um médico. O excesso de vitamina D pode ser prejudicial por causar um excesso de cálcio no sangue, problema relacionado com a calcificação de tecidos moles e com sintomas como náuseas, vômitos e até distúrbios alimentares, como a anorexia. (Foto: Public Domain)
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Texto de Lygia Haydée