Acalmar os pensamentos, melhorar o condicionamento físico, equilibrar o corpo e a mente, fortalecer os músculos, alongar, relaxar: tudo isso e muito mais é possível ao praticar alguns tipos de yoga. Criado há 5 mil anos, este exercício continua ganhando aderência em todo o mundo, principalmente no Brasil, que possui uma variedade de estúdios para praticar. Mas, afinal, o que o torna tão especial?
De acordo com criador do método Superioga e professor de educação física Paulo Junqueira, a prática possibilita um vasto autoconhecimento, além de ser bastante democrática. Por isso, consegue atingir todos os públicos, sem limitação de idade, gênero ou credo.
“Você pode praticar em qualquer lugar e não precisa de equipamentos para isso”, explica o profissional. E, no meio de tantos estilos, como decidir o melhor para cada caso. A seguir, confira um guia rápido com as principais variações e identifique aquela que mais se enquadra no seu perfil.
10 tipos de yoga para experimentar
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HATHA YOGA: trata-se do sistema de iyoga criado no século 15, na Índia, e que deu origem às diversas metodologias atuais. É bastante influenciada pelas filosofias do budismo e do hinduísmo. Propõe por meio de posturas, flexibilidade e alinhamento o equilíbrio energético dos chakras e das glândulas. Assim, possibilita o equilíbrio do corpo e da mente. “As práticas físicas servem para fortalecer o corpo e mantê-lo saudável, controlar a respiração, e acalmar e centrar a mente, preparando-a para a meditação”, explica Andrea Wellbaum. Conforme o nível da prática aumenta, as posturas tornam-se mais complexas, exigindo mais flexibilidade, força e concentração – Foto: Pixabay
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ASHTANGA YOGA: é uma das técnicas mais populares no mundo, tendo várias pessoas como adeptos que usufruem da técnica. Diferencia-se por ter sequências fixas de movimentos feitos em pé e no solo, com vários níveis de dificuldade. “A prática é extremamente dinâmica e coordena os movimentos com uma vigorosa respiração para promover calor interno e a limpeza do corpo pelo suor”, fala Andrea. Uma das suas principais funcionalidades é criar um equilíbrio entre o corpo e a mente, concentrando e equacionando o organismo aos movimentos feitos durante a ashtanga yoga. O professor pode aumentar o nível dos exercícios conforme o tempo de prática – Foto: Pixabay
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VINYASA YOGA: derivada da Ashtanga, a aula de Vinyasa propõe posturas ligadas umas às outras, como uma coreografia. Geralmente, usa-se uma sequência de 12 posições chamadas de Surya Namaskar. “É uma série de posturas coordenadas com a respiração, que trabalha a curvatura das costas, além de fortalecer braços, costas, core e pernas. Essa sequência ajuda a estimular o sistema cardiovascular e respiratório, mantendo o corpo aquecido durante a prática de yoga”, detalha Andrea, que continua: “O professor adapta os exercícios ao nível dos alunos ou para um foco específico, como fortalecimento dos membros inferiores ou superiores” – Foto: Pixabay
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IYENGAR YOGA: o foco desse método é o alinhamento correto da postura. “É uma aula na qual o professor explora a precisão e os detalhes. Ele instrui e corrige cada asana para que o aluno desenvolva consciência das várias partes do corpo e melhore seu fluxo de energia”, fala Andrea. Por isso, o aluno permanece bastante tempo na mesma posição — de 1 a 5 min ou até mais. Na aula, são usados acessórios como cintos, cobertores, blocos, cadeiras e almofadas para auxiliar no alinhamento das posturas para evitar o risco de lesões, já que exige um certo equilíbrio física e mental para que os pontos ideais sejam atingidos com a técnica – Foto: Pixabay
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FIERCE GRACE (HOT YOGA): inspirada na Bikram Yoga, também é praticada em uma sala especialmente aquecida a cerca de 40 ºC. O diferencial está em seus vários direcionamentos e orientação, que promovem o trabalho muscular, condicionamento físico, abertura de quadris, alinhamento correto, busca do equilíbrio físico e mental e relaxamento. “Dessa maneira, é possível atingir partes diferentes do corpo e aspectos distintos da mente, já que temos várias necessidades no dia a dia, como energizar ou relaxar, por exemplo”, fala Andrea. Além disso, estimula a transpiração, promovendo a desintoxicação do corpo”, complementa – Foto: Pixabay
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BIKRAM YOGA (HOT YOGA): a aula, propõe uma série de 26 posturas corporais da Hatha Yoga e dois exercícios respiratórios durante 90 minutos, em uma sala aquecida entre 38 ºC e 40 ºC. “A sequência de exercícios é fixa e tem o objetivo de atingir cada órgão, glândula e parte do corpo, promovendo a saúde total”, fala Andrea. O ambiente aquecido ajuda a relaxar os músculos e as articulações para que o praticante realize as posturas com mais segurança e profundidade, sem o risco de se machucar. “O calor é um grande desafio mental e acaba fazendo com que o praticante medite em movimento ao exigir que ele se concentre mais”, complementa – Foto: Pixabay
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YIN YOGA: segundo Andrea, a técnica foi inspirada na medicina chinesa e propõe ativar diversos pontos do corpo, como uma acupuntura sem agulhas. “São posturas feitas basicamente no chão e que promovem compressão e tensão nos tecidos menos flexíveis do corpo. Também agem sobre os meridianos e os órgãos”, explica Andrea. Cada aula dá ênfase a um par de órgãos — coração e intestino delgado; fígado e vesícula; rins e bexiga — que estão conectados a emoções específicas. “Cada postura é executada por um tempo entre 3 e 10 minutos”, complementa a instrutora de yoga. Hot Yin Yoga é a modalidade feita em sala especialmente aquecidas – Foto: Pixabay
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KUNDALINI YOGA: segundo Andrea, a prática propõe despertar a energia Kundalini Shakti, muitas vezes descrita como uma serpente enrolada na base de nossa coluna, mas que estaria “adormecida”. A intenção é incentivá-la a percorrer a espinha dorsal e os chakras em direção ao topo da cabeça, uma vez que se trata de uma energia transformadora e que fortalece a saúde física e mental do ser humano. Em níveis muito elevados, ela é responsável pelo estado de êxtase da existência (nirvana ou estado de samadhi). Além das posturas, uma aula de Kundalini também inclui canto, repetições de alguns mantras, meditação e exercícios respiratórios – Foto: Pixabay
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SUPERIOGA: segundo o criador do método, Paulo Junqueira, a técnica proporciona o fortalecimento de todos os músculos do corpo com aulas desafiadoras, estimulantes e eficientes. É um formato atual baseado na yoga clássica, mas com posturas simples. Os movimentos são repetidos ou trabalhados em séries fortes a fim de proporcionar estímulos intensos para exercitar a força física e mental. “O principal objetivo da Superioga é fortalecer as pessoas para serem autônomas fisicamente em todas as fases da vida”, diz Paulo, que a considera uma aula completa, com resultados físicos e mentais bastante expressivos para o desenvolvimento da pessoa – Foto: Pixabay
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ANUSURA YOGA: essa técnica, relativamente recente, (iniciada em 1997) foi inspirada na Iyengar Yoga e inclui elementos de espiritualidade hindu bastante praticados em diversas regiões e culturas do mundo. Nas aulas, o praticante aprende que não é apenas a precisão da postura que traz benefícios terapêuticos, mas também a intenção e a energia por trás dela. Por isso, segundo Andrea, é dada uma atenção mais específica aos conceitos de energia muscular e biomecânica do que em outros estilos de yoga praticados pelas pessoas. E é por isso que ela recebeu esse nome, que significa “fluir com graciosidade” e “seguir seu coração” – Foto Pixabay
Decidiu qual dos tipos de yoga você começará a praticar? Tem para todos os gostos e estilos. Por isso, mande a preguiça embora e alcance uma vida mais saudável.