Uma coisa é certa: mulheres saradas já estão preparadas para receber a sobrecarga da corrida. O que você precisa saber é se o seu condicionamento cardiorrespiratório está no mesmo nível. “A vantagem das mulheres saradas está na maior força, o que ajuda muito. O que pode atrapalhar, dependendo do quão forte ela estiver, é ficar um pouco ‘travada’. O lado bom é que as lesões dificilmente aparecerão se você tiver volume e intensidade de treinos bem controlados”, aponta a treinadora Isadora Martins. Lembre-se, porém, de que músculo pesa mais que gordura, portanto, cuidado com tipo de terreno onde vai correr e use tênis próprios para corrida, para suavizar a sobrecarga nas articulações, recomenda a ex-atleta olímpica e treinadora Carla Moreno. Com a estrutura muscular ‘tinindo’, dá para treinar com volume e intensidade de moderada a alta, de forma progressiva. Você poderá se dar bem em percursos planos e com subidas curtas, que exijam mais força do que condicionamento.
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Carla aponta, ainda, que o impacto, somado à atividade aeróbica, pode reduzir um pouco o volume dos músculos. Para evitar essa situação, preste atenção à alimentação. A nutricionista Paula Crook, da Patrícia Bertolucci Consultoria em Nutrição, explica que, para o ganho ou manutenção da massa muscular, basta uma dose extra de proteína de alto valor biológico, ou seja, com aminoácidos essenciais (que o organismo não produz). “Devem ser consumidos antes do treino um alimento fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, como batata-doce, aveia ou pão integral. Durante o treino, pode ou não ser necessária uma reposição de carboidrato (dependendo do tempo de duração do exercício). Após a corrida, é importante uma dose extra de proteína, combinada com um carboidrato de alto índice glicêmico, como pão, geleia, mel, batata, macarrão ou arroz”, orienta. Faça seu plano de alimentação com um nutricionista, pois o excesso de proteína é perigoso. “Pode causar sobrecarga renal, aumento do ácido úrico e perda de cálcio dos ossos”, aponta.