Hoje, 8 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data conhecida pelas ações de conscientização e prevenção ao colesterol ruim. Afinal, a condição está entre os fatores que podem gerar doenças cardiovasculares. Mas, o que talvez você não saiba, é que o esporte tem papel fundamental no combate desse problema.
A função do exercício físico no Dia Nacional de Combate ao Colesterol
“O exercício físico tem impacto positivo em reduzir os níveis de colesterol e melhorar os sintomas de quem tem dislipidemia (Colesterol alto). O exercício funciona para eliminar o colesterol ruim e perigoso LDL (Lipoproteína de baixa densidade) e aumentar o colesterol bom HDL (Lipoproteínas de alta densidade). Perder peso também aumenta o HDL”, explica a médica cardiologista do Hospital Sírio-Libanês Dra. Vanessa Guimarães.
Dessa maneira, existe a recomendação de realizar exercício aeróbico, repetitivo e que aciona vários grupos musculares por pelo menos 30 minutos. Isso, de cinco a sete vezes por semana, para influenciar na redução do colesterol.
“A atividade física tem que ser considerada como um todo, porque diminui também a glicemia, melhora o condicionamento, o consumo de glicose e fortalece o músculo cardíaco. Então, tem uma série de alterações que são benéficas, além da diminuição do colesterol como um todo”, afirma o médico ortopedista e do esporte Dr. Roberto Ranzini.
“O objetivo é aumentar a atividade física o quanto for possível. Associado a treino de resistência nos principais grupos musculares em idosos e deficientes físicos com dislipidemia”, acrescenta Vanessa.
Entenda a condição e como manter-se saudável
“Pode levar algumas semanas e até meses para você conseguir o resultado com atividade física e alimentação. Então, não pode esmorecer, tem que fazer atividade para sempre, que faz bem para tudo no corpo e, também, para o colesterol”, conclui o Dr. Roberto Ranuzzi.
Resumidamente, colesterol é um lipídio que se encontra nas membranas plasmáticas. Algo importante para o organismo devido a sua atuação na síntese de vitamina D e demais hormônios. Mas que precisa ser controlado adequadamente.
O problema do colesterol é o seu excesso. Afinal, ele pode gerar obstrução de vasos sanguíneos e impulsionar outros danos. Exemplo: infarto e AVC. O que se aconselha é evitar o exagero em gorduras trans, saturadas, carnes gordurosas e alimentos ultraprocessados.
“Uma dieta balanceada, aumentando a ingestão de alimentos ricos em ômega 3, fibras solúveis e proteínas. Parar de fumar aumenta os níveis de HDL. Perder peso aumenta os níveis de HDL. Beber álcool com moderação tem provável associação com aumento de HDL”, completa a Dra. Vanessa Guimarães.
“Existem pessoas que podem ter valores de colesterol elevado devido a fatores genéticos. Por esse motivo, é fundamental que a população jovem faça exames de sangue periodicamente para acompanhamento e tratamento adequado a partir dos 18 anos”, finaliza o cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Dr. Leandro Costa.