O basquete brasileiro tem no currículo três títulos mundiais (1959 e 1963 no masculino, 1994 no feminino) e cinco medalhas olímpicas — três bronzes dos homens (1948, 1960 e 1964), uma prata (1996) e um bronze (2000) com as mulheres. Esse histórico mantém a modalidade entre os esportes mais populares do país, apesar de algumas turbulências. E o basquete local vive um momento de ascensão, com o campeonato nacional masculino de clubes, o NBB (Novo Basquete Brasil), estabelecido como um produto organizado, que tem parceria inclusive com a badaladíssima NBA. Para dar uma força a esse público crescente de admiradores e novos praticantes, Sport Life conversou com Demétrius Ferracciú, ex-armador da seleção brasileira e técnico campeão do NBB 9 pelo Bauru Basket. O treinador passou os macetes de como executar os principais fundamentos do basquete. Vamos a eles!
Fundamentos do basquete
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Começa o jogo! É a partir de agora que se começa a colocar em prática os principais fundamentos do basquete (Foto: Reprodução)
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O árbitro lança a bola ao alto para ser disputada por um jogador de cada time. A técnica exige saltar e dar um tapa na bola para ser recebida por um companheiro. O lance define quem terá a primeira posse de bola. Quem leva a melhor nesse lance, Demétrius? “Quem estiver melhor posicionado e, junto disso, quem tiver uma reação mais rápida para atingir a bola no seu ápice”, ensina o treinador. (Foto: João Neto/LNB )
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PASSE: o ato de ceder a bola ao colega de time é o que estabelece a dinâmica da jogada. “O bom passador tem que ter o domínio completo desse fundamento com as duas mãos e a percepção do momento exato para passar a bola ao seu companheiro”, avisa. Demétrius. O passe pode ser executado de diversas maneiras: (Foto: Reprodução)
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PASSE DE PEITO: este é um dos principais fundamentos do basquete. No movimento inicial, a bola está junto ao peito e os braços flexionados, antes de ser arremessada esticando os braços, dando a ela a direção do peito do colega. Na imagem, o armador Paulinho Boracini. (Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket)
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PASSE QUICADO: com o mesmo destino (bola na altura do peito do companheiro), mas lançada para o chão, para que quique antes de chegar ao receptor. Na imagem, o armador Yago. (Foto: Fotojump/LNB)
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PASSE POR CIMA DA CABEÇA: segurando a bola com as duas mãos, acima da cabeça, e com os braços levemente flexionados, o jogador deve passar com força e sem abaixar os braços. Na imagem, o ala-armador David Jackson. (Foto: Luiz Pires/LNB)
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PASSE COM UMA MÃO: o mais adequado para executar em velocidade e para enganar a defesa adversária. Na imagem, o armador Scott Rodgers. (Foto: Luiz Pires/LNB)
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ASSISTÊNCIA: é o passe decisivo, aquele recebido pelo jogador que pontua. Na imagem, o armador Nezinho. (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)
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ARREMESSO: dar endereço certo à bola, isto é, fazer a redinha balançar. O movimento tradicional começa com a bola na altura do peito e os braços se esticam acima da cabeça ― com movimento simultâneo de flexão das pernas, seguido de salto. Uma mão de apoio segura a lateral da bola e a mão de execução embaixo. No instante do arremesso, a bola deve sair girando, impulsionada pelos três dedos médios. (Foto: Reprodução)
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“O segredo do arremesso certeiro é estar com o corpo equilibrado para arremessar. Fazer o movimento sincronizado: membros inferiores com membros superiores coordenados para o arremesso. A alavanca do braço tem que ser para cima, e no final desse movimento, é fundamental quebrar a munheca (punho) para que a bola faça uma parábola, possibilitando uma chance maior de converter em cesta”, explica o treinador, que alerta para os erros de execução: “Saltar e esperar o corpo cair para depois fazer o movimento do braço e arremessar ‘rasante’ ou reto, dificultando o percentual de acerto.”. Na imagem, o ala-armador Fernando Fischer executando a posição correta de arremesso (Foto: João Pires/LNB)
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LANCE LIVRE: executado sem tirar os pés do chão, exige concentração. Na imagem, o ala Jordan Burger. (Foto: Caio Casagrande/LNB)
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STEP BACK (PASSO PARA TRÁS): recurso para livrar-se da marcação, quanto o atleta rapidamente muda de direção, dando um passo para trás e ganhando espaço para executar o arremesso. Na imagem, o pivô Lucas Mariano. (Foto: Brito Júnior/UniCEUB)
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JUMP STOP: o atleta interrompe bruscamente a corrida com a bola, batendo os dois pés no chão simultaneamente antes de executar o arremesso. Na imagem, o armador Desmond Holloway. (Foto: Luiz Pires/LNB)
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BANDEJA: executada com uma das mãos e em movimento, com até dois passos depois de definido o pé de apoio, desde que a bola saia das mãos durante o salto. Na imagem, o ala-armador Ronald Ramon. (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
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GANCHO: lance de muita técnica, que consiste em usar o corpo como proteção entre a bola e o adversário e, num giro durante o salto, soltar a bola com uma das mãos de forma que ela passe por cima do braço esticado do adversário. Na imagem, o ala Alex Garcia. (Foto: Etzel Espinosa/Fiba Americas)
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ENTERRADA: outro dos principais fundamentos do basquete, além de um dos mais icônicos, é a enterrada – quando o jogador encesta colocando a bola agarrando o aro com uma ou as duas mãos. Exige velocidade e explosão muscular para a impulsão. Na imagem, o ala-pivô Tyrone Curnell. (Foto: João Neto/LNB)
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DRIBLE: também pode ser chamado de corte, quando o jogador com a posse da bola muda sua trajetória ou faz um movimento brusco para se desvencilhar dos adversários, abrindo espaço para a jogada seguinte. (Foto: Reprodução)
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Mas este é um recurso de jogo para ser usado pontualmente, não é pra ser fominha, certo, Demétrius? “Exatamente! O ideal é o jogador executar esse movimento com a cabeça erguida, visualizando uma possível ajuda da defesa. Assim, ele passaria a bola para um companheiro em melhores condições ou, caso ele esteja livre, poderia automaticamente ir direto pra cesta.”. Na Imagem, o drible sendo executado pelo armador Davi Rossetto. (Foto: Murilo Amadei/LSB)
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REBOTE: é o movimento de recapturar a bola quando ela não entra na cesta. Quando é o seu time que está atacando, o rebote é ofensivo; quando está sendo atacado, defensivo. A altura conta muito, mas o que é o principal fator nesse fundamento? Posicionamento, destaca Demétrius como trunfo para pegar a bola primeiro. (Foto: Reprodução)
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Pivô Maynard conquista rebote. (Foto: Orlando Bento/Minas TC) 22- Pivô Marcos Egídio executa box out para evitar rebote de Sidão. (Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Sport)
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Pivô Marcos Egídio executa box out para evitar rebote de Sidão, um dos importantíssimos fundamentos do basquete (Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Sport)
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JOGADAS OFENSIVAS COM BLOQUEIO: São tramas coletivas para se desvencilhar da marcação adversária e dependem bastante do ato de bloquear o adversário. “Um bom bloqueio depende vários aspectos: percepção de espaço, para que você não faça falta de ataque; velocidade, para chegar bem posicionado, antecipando alguma reação do seu marcador; fazer o contato com o marcador do jogador que estiver com a bola, mas sem muita força, para que este se desequilibre a ponto de você tomar a frente em direção a cesta”, ensina o técnico campeão brasileiro. E toda jogada de bloqueio é treinada? “Sim. Os treinamentos facilitam as ações ofensivas para o movimento dar certo, mas isso não tira a possibilidade de haver alguns improvisos”, explica. (Foto: Reprodução)
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CORTA-LUZ: quando o jogador sem a bola faz o bloqueio, impedindo que um marcador continue perseguindo seu companheiro. Exige precisão no movimento das pernas para não configurar falta ― as duas devem estar no chão no momento do bloqueio. Na imagem, o pivô Shilton faz o corta-luz para o armador Valtinho. (Foto: Marcio Martins)
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PICK AND ROLL: um jogador bloqueia o movimento do marcador para que o colega com a bola tenha liberdade de ação; em seguida, esse ‘bloqueador’ se desprende e recebe a assistência em liberdade. Na imagem, os pivôs Ansaloni e Shilton executam a jogada. (Foto: Orlando Bento/Minas TC)
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MOVIMENTOS DEFENSIVOS: na hora de evitar a cesta adversária, é preciso antecipar as ações do seu adversário, adverte o treinador. “Assim, o bom defensor consegue marcar na linha do passe, evitando que seu adversário receba a bola. Em algumas situações, o jogador pode até recuperar a bola em favor da sua equipe. Outro segredo é não ser cortado no um contra um, fazendo com que seu adversário fique limitado a arremessar com sombra. E também ter boa percepção de ajuda, principalmente quando o jogador com a bola estiver do lado contrário”, ensina Demétrius Ferracciú. (Foto: Reprodução)
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MARCAÇÃO: pressionar o adversário, provocar seu erro e elevar os braços para impedir o arremesso são alguns dos movimentos de quem está defendendo. Eles são mais ou menos intensos se a marcação é por zona (vigiando espaços), individual (perseguindo o oponente) ou mista (zona e individual). Na imagem, Kenny Dawkins marca Deryk Ramos. (Foto: Luiz Pires/LNB)
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ROUBO DE BOLA: jogada fundamental para dar início a um contra-ataque. O defensor pressiona o adversário e consegue tomar-lhe a bola enquanto ela quica, sem cometer falta. Na imagem, Alex Garcia rouba a bola de Arthur Pecos. (Foto: Fotojump/LNB)
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TOCO: outro dos principais fundamentos do basquete. Consiste em um salto no ‘timing’ certo para interceptar, com um tapa, o arremesso depois que a bola já saiu da mão do adversário. Na imagem, toco do pivô Thiago Mathias. (Foto: Orlando Bento/Minas TC)
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Edição: Leonardo Guerino/ Colaborador