Resumidamente, a dor muscular tardia (DMT) é aquele incômodo que muitas pessoas sentem após um treino comum ou de alta intensidade. A DMT acontece quando há o pico de 48 a 72 horas depois da respectiva atividade. Nesse sentido, surge a dúvida: posso treinar com dor muscular tardia?
Respostas
“Depende. Existe um momento da periodização em que aplicamos uma carga de treinamento muito intensa, chamada: ‘carga de choque’. Esse tipo de treinamento envolve em atacar o músculo de uma maneira muito severa. A fim de que, quando for se recuperar, ter uma super compensação e quebrar um platô”, explica o assessor esportivo Leandro Twin.
“Nesse tipo de técnica avançada de periodização, nós devemos treinar com dor. Então, fazemos um treino muito intenso, e normalmente um ou dois dias depois, repetimos esse mesmo grupamento muscular com uma intensidade muito alta. Para conseguir atacar a condição muscular que, como falado acima, posteriormente vai se super compensar e romper um platô”, completa Leandro.
Questionado se há possibilidade de treinar mesmo com essa dor tardia, Twin admite que pode se exercitar com esse tipo de problema muscular desde que exista uma programação séria.
“Portanto, existe a possibilidade de se treinar com dor muscular tardia desde que seja dentro do programado. Isso normalmente não acontece com frequência porque levaria a um processo de overtraining”, esclarece.
Programação
Leandro explica logo abaixo que o trabalho de carga de choque deve ser planejado tanto para que não ocorra qualquer sério risco de contusão e os efeitos dos excessos de exercícios físicos.
“A carga de choque deve ser programada e posterior a ela obrigatoriamente deve-se vir uma carga regenerativa, porque se for aplicada uma carga normal de treinamento (estabilizadora ou ordinária) nós corremos um sério risco de lesão ou de overtraining”, finaliza.
Fonte: Leandro Twin