O Beach Tennis é o esporte do momento, ou seja, vive o seu auge em todo o Brasil. Muitas cidades dispõe de centros esportivos para ensinar a se dar no tênis de praia. Esse “boom” permite ao mesmo tempo o surgimento de dúvidas para o público infantil. Sendo assim, é criança e quer jogar beach tennis? Entenda o seu treino.
Explicação do beach tennis para as crianças
“As principais diferenças do Beach Tennis para as crianças é trabalhar mais a parte lúdica para que seja um momento de lazer e, também, aprender. É tentar passar os movimentos. Exemplo: fazer com que a criança possa ter o contato com a bola não direto com a raquete. Sentir como ela é, tamanho e peso”, disse o atleta profissional e professor de Beach Tennis John Leite em entrevista exclusiva para o Sport Life.
O fato de ser um momento de descontração em turma de amigos e colegas de treino não denota que uma criança vai jogar como ela bem queira. Portanto, há a prioridade do trabalho da coordenação motora durante esse tempo de atividade física.
“Os exercícios como prioridades entram os de coordenações motoras para que se desenvolvam de uma maneira fácil. Também fica mais prático para o dia a dia. Se a criança no futuro praticar beach tennis ou outro esporte, fica fácil para que essa pessoa tenha o contato. A única recomendação para criança é sobre o modelo de raquete. Eu indico uma raquete ‘kids’”, explica John.
Questão médica
Os auxílios não são feitos apenas para quem está dentro do esporte, isto é, a questão da medicina é importante e, principalmente, para quem inicia nessa modalidade. O terreno instável de areia chama atenção junto com os demais benefícios para o público dessa faixa etária.
“Aparentemente e teoricamente não há nenhuma limitação para crianças. Esse tipo de movimentação nesse terreno acaba treinando porções diferentes do equilíbrio, da pisada e da movimentação em si. Além de ser um exercício com alta carga dinâmica, consequentemente vai trazer um bem-estar para saúde do indivíduo”, afirma o Dr. André Evaristo Marcondes em contato com a reportagem do Sport Life.
Brasil, a terra do Beach Tennis
Não é exagero em pensar que o território brasileiro possa ganhar essa fama no futuro próximo, haja visto o aumento do número de praticantes. A ITF (Federação Internacional de Tênis) mostrou que em janeiro de 2022 existiam 537 praticantes de beach tennis na lista. Esse dado pulou para 602 em abril desse ano, que corresponde a 358 homens e 244 mulheres em ligas internacionais.
A CBBT (Confederação Brasileira de Beach Tennis) constatou que aconteceu o aumento usuários no auge da pandemia da covid-19 com salto de 2.500 atletas federados para mais de 5.000. A estimativa é a que a quantidade de praticantes esteja acima de 200 mil em todo o Brasil.
Quem são eles?
John Leite é graduado em Educação Física pela Unifran (Universidade de Franca), professor de beach tennis com capacitação nos níveis verde e amarelo da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e está na 31ª colocação do Circuito Beach Tennis SP.
O Dr. André Evaristo Marcondes é graduado em Medicina na Unimar (Universidade de Marília) e mestre em saúde pública global pela University of Limerick, da Irlanda. Atua ainda como preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), membro da NASS (North American Spine Society), da SBC (Sociedade Brasileira de Coluna) e SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).