Com certeza você já deve ter faltado em uma sessão de treinamento por conta de um dia de inferno astral, não é mesmo? Calma que você não é o primeiro e tampouco o último que fez essa escolha. A diferença é que a ciência recomenda o esporte em dias turbulentos conforme pesquisa do Massachusetts General Hospital, dos Estados Unidos.
O impacto do treino em dia de stress
A pesquisa alegou que pessoas com condições relacionadas ao estresse, como a depressão, experimentaram a maioria dos benefícios cardiovasculares do treino. Além disso, os pesquisadores consultaram registros médicos de 50.359 participantes para avaliar os mecanismos subjacentes aos benefícios psicológicos e cardiovasculares do esporte.
“Os participantes que cumpriram as recomendações de atividade física tiveram um risco 23% menor de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação com aqueles que não cumpriram essas recomendações. Indivíduos com níveis mais elevados de atividade física também tendem a ter menor atividade cerebral relacionada ao estresse”, disse a nutróloga Dra. Marcella Garcez.
Outro ponto é que as reduções na sinalização cerebral relacionada ao estresse foram parcialmente responsáveis pelos benefícios cardiovasculares do treinamento. “Os investigadores descobriram que o benefício cardiovascular do exercício era substancialmente maior entre os participantes que deveriam ter maior atividade cerebral relacionada com o estresse, como aqueles com depressão pré-existente”, explicou a profissional.
Acréscimos
“Medidas para melhorar o sono também são importantes, já que ele desempenha um papel importante no fortalecimento do sistema imunológico e na regulação de vários hormônios, incluindo os relacionados ao estresse, ao crescimento e à regulação do açúcar no sangue”, pontuou.
Ainda assim, a Dra. Marcella Garcez crê a necessidade de outras pesquisas sobre esse assunto. “A atividade física foi aproximadamente duas vezes mais eficaz na redução do risco de doenças cardiovasculares entre aqueles com depressão. Os efeitos na atividade cerebral relacionada com o estresse podem explicar esta nova observação”, concluiu a nutróloga.