Texto de Gabriel Gameiro
Os números podem assustar. Só nos dois primeiros meses do ano, 3 012 bicicletas foram subtraídas de seus donos, segundo o site Bicicletas Roubadas. Criado por Pedro Cury em 2001, o site tem por objetivo ajudar o ciclista a recuperar sua bicicleta. Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro lideram o ranking, com, respectivamente, 39,97% e 17,7% (ou seja, somados, mais de 56%) das ocorrências nacionais.
Roubos e furtos de bike aumentam à medida que mais e mais gente adere ao uso da magrela como modal de transporte e lazer. Também são diretamente proporcionais ao número de pessoas que decidiram abrir a carteira e gastar um pouco mais para ter uma excelente bicicleta para o triatlo ou uma topo de linha para passear pela cidade. “É evidente que hoje em dia as pessoas se preocupam mais com suas bicicletas. E elas não se preocupam apenas com roubos e furtos, já que adversidades acontecem em qualquer lugar e sem aviso prévio”, afirma Luiz Fernando Giovannini, diretor da seguradora Estar Seguro, de São Paulo (SP).
Embora não haja estatísticas oficiais no Brasil (os dados do Bicicletas Roubadas são compilados a partir da informação fornecida pelo próprio ciclista), é válido dizer que poucas, pouquíssimas magrelas são recuperadas. E isso não é exclusividade do nosso país. Um grupo da Universidade McGill (Canadá) que se dedica ao estudo de roubos de bikes em Montreal demonstrou que, naquela cidade, praticamente metade dos ciclistas ativos tiveram suas bicicletas subtraídas, mas apenas 2,4% conseguiram recuperá-las. “Para a polícia, roubo de bike não é uma prioridade”, diz Dea van Lierop, uma das autoras desse estudo.
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Diante desse cenário, surgiram seguradoras especializadas em atender a quem pedala. A maioria dos serviços cobre furtos, roubos e danos no transporte, mas algumas oferecem até seguro contra incêndios. É sempre importante analisar as cláusulas com atenção, para depois não ser pego de surpresa. O valor da franquia não é exatamente barato e, dependendo do valor da bicicleta, pode chegar aos preços praticados para carros. – claro, considerando-se modelos high-tech, que chegam a custar, no Brasil, quase R$ 40 mil.
Algumas empresas que oferecem o serviço
Estar Seguro
Preço: as faixas de preço começam em R$ 165/ano (para bikes de R$ 1 200) e vão até R$ 1 300/ano (para bicicleta de R$ 20 mil). Acima desse valor, entre em contato com a seguradora.
Cobertura: roubo (em todo o território nacional), furto (apenas na residência), acidente com veículo transportador.
Modelos: todos, menos bikes motorizadas.
Tel.: (11) 2714-6013 e 2714-6017
Site: www.estarseguro.com.br
LAF Corretora de Seguros
Preço: vão de R$ 500/ano (para bikes entre R$ 3 mil e R$ 8 mil) a R$ 3 232 (bicicleta de R$ 70 mil).
Cobertura: roubo, furto qualificado e danos durante o transporte (desde que a bicicleta esteja alocada
no veículo).
Modelos: todos, menos bicicleta elétrica
Tel.: (11) 3107-3500
Site: www.lafseguros.com.br
Kalassa Seguros
Preço: de R$ 500/ano (para bikes entre R$ 3 mil e R$ 8 mil) a R$ 1 390/ano (para bikes de
R$ 30 mil). Acima disso, entre em contato com a seguradora.
Cobertura: roubo (durante uma pedalada), furto (na residência), danos durante transporte (desde que a bicicleta esteja alocada no veículo).
Tel.: (11) 3175-2500
Site: www.kalassa.com.br
Assistência 24 horas: A Porto Seguro oferece um serviço de assistência 24 horas para quem tem seguro de bicicleta ou um seguro para casa e bicicleta juntos. Além disso, a seguradora dispõe de serviços particulares, e, ainda que você não tenha vínculo algum com eles, é possível ligar e fazer um orçamento pelo telefone. A assistência cobre pneus furados, quebra de corrente, falta de freio, acidente e até a montagem de bicicletas novas (nesse caso, mediante a apresentação de nota fiscal). www.portoseguro.com.br