No ambiente da prática de corrida, existem diversas recomendações sobre como treinar, muitas vezes feitas por amigos que também correm ou até mesmo por treinadores. Entretanto, alguns desses conselhos são apenas mitos, desmentidos pela ciência, ou não são eficazes. Confira algumas recomendações conhecidas e veja a explicação científica de cada uma:
Você deve fazer alongamento estático antes do treino
Há algum tempo o alongamento estático prétreino vem sendo revisto e contestado. Um estudo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research apontou, inclusive, que ele pode reduzir a performance. Embora, claro, nem todo alongamento estático seja de todo ruim para o corredor. O que se verificou (e por isso ele vem sendo discutido) é que ele dispara uma resposta protetora no sistema neuromuscular que enfraquece temporariamente os músculos e, por isso, reduz a performance. Prefira os alongamentos dinâmicos.
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É preciso fazer uma corridinha leve para desaquecer
Pode até ser gostoso dar aquela última volta no parque quase trotando, mas na verdade isso não traz grandes benefícios. Segundo um estudo publicado no Australian Journal of Physiotherapy, o desaquecimento não faz muito mais do que desaquecer o corpo. Outro estudo mostrou inclusive que não há diferenças na recuperação de atletas que desaqueceram ativa ou passivamente.
A melhor intensidade de corrida é a moderada
Boa parte dos corredores mantém um pace moderado, ou seja, não exatamente difícil, mas que também não impossibilita manter uma conversa durante a corrida. Só que estudos mais recentes vêm mostrando que o melhor a fazer é evitar a chamada “zona moderada de corrida”, pois ela pode ser tão estressante para o corpo quando a corrida em alta intensidade.
Um estudo publicado na revista Frontiers in Physiology, por exemplo, apontou que treinos que combinam volume e intensidade altos com tempo runs (rodagens longas em intensidades moderadas) têm os melhores efeitos sobre resistência, V02 max, economia de corrida e velocidade.