Lemos tantos livros, revistas e sites e escutamos muitas pessoas dizendo sobre o tipo de mãe que devemos ser para nossos filhos. Devemos criá-los para o mundo? Para quem? Para nós ou para os outros? Quando a criança chora, alguns dizem “deixe chorar para não ficar mimado”. Mas eu realmente não consigo imaginar meu filho chorando sem acudi-lo, nem que seja com um abraço. Será que não erramos por ignorar que eles querem amor e afago? Eles nascem querendo e demonstrando amor. Qual o problema nisso?
Segundo o dr. McKenna, diretor do laboratório do sono de Notre Dame, crianças submetidas a altos níveis de estresse até os 3 anos crescem sem confiança, com baixa autoestima, são ansiosas, menos cooperativas e difíceis de controlar suas emoções. Todos os pais são desesperados para que os filhos durmam a noite toda e se esquecem de que os bebês não estão programados para isso. Eis que surge o conselho de “deixe que chorem até dormir”.
De fato, se você seguir por esse caminho, a criança dorme. Mas o faz por esgotamento, o que gera grande quantidade de hormônios para combater esse estresse. Dessa forma, o bebê pode aprender que está sozinho e que não pode confiar em ninguém. Explico: no cérebro existe uma região responsável pelo controle do estresse e da ansiedade; se a criança se estressa muito nos primeiros anos de vida, sua capacidade de lutar contra isso fica prejudicada para sempre.
Mãe desnecessária?
Certa vez li um texto que dizia que a melhor mãe é a que se torna desnecessária na vida dos filhos. Tornar-se desnecessária é ensinar seu filho a lidar com as mais variadas situações e conflitos. Sua “cria” precisa ser confiante e entender que você sempre será um porto seguro. A demonstração de carinho e afeto sempre valeu e continuará valendo a pena!