Giovani dos Santos é tímido, sorridente e adora contar suas histórias. Uma delas, antes de ser tornar atleta profissional, é a vida de treinos intensos (e insanos!) que ele mesmo criava, sem ajuda de um treinador. “Eu costumava correr 40 tiros de 400 m porque pensava em participar de provas grandes, de ganhar uma São Silvestre”, lembra, rindo. Isso mesmo, você não leu errado: os 40 tiros de 400 m eram parte da rotina do atleta de ponta, que se recorda da sua motivação para correr. “Eu tive problemas com o alcoolismo, e corria com o pessoal do quartel da minha cidade, tinha um clube de corrida lá. Aí o pessoal sempre me incentivava a ir mais longe e largar a bebida. Foi o que eu fiz”, conta.
Tempos depois, passou a correr com a ajuda de um treinador para avançar na carreira profissional, pois sempre se destacou por seu desempenho exemplar. A partir daí, Giovani dos Santos começou a lapidar seu nome na história do atletismo: ganhou por 5 vezes consecutivas o pódio da Volta Internacional da Pampulha, venceu a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro no ano passado, cruzando o pórtico em 1h04min47seg. Quer mais? Se você assistiu ou participou de alguma São Silvestre, certamente viu Giovani brilhando no pódio. Nesta última, ele foi o primeiro brasileiro a cruzar a linha de chegada. Por último, citando apenas alguns de seus feitos, ele participou dos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México, onde levou o bronze nos 10 mil metros. Ultimamente o atleta tem se preparado para mais uma edição da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, em busca do bicampeonato.
A rotina de Giovani dos Santos
O atleta conta que seus treinos são sempre bem intensos para estar sempre preparado para algum desafio importante. “Tenho me empenhado ainda mais, estou meio incomodado por não subir um pódio há seis meses. Mas tudo tem sua hora e eu estou muito otimista em conquistar a Tribuna (a 10 km Tribuna Unilus, que acontece na cidade de Santos) e muitos outros desafios”, conta.
Seu volume de treinamento, para tanto, é bem puxado – corre 220 km semanalmente. “E quando eu estou mais tranquilo, sem uma prova-alvo, rodo uns 180 km”, completa o mineiro. Sobre a alimentação, afirma que “não tem frescura com comida”: “Gosto de comer tudo o que eu gosto. Arroz, feijão, uma costelinha… E tomo alguns suplementos e vitaminas, mas nada de whey protein, essas coisas”, explica. Sobre os próximos desafios, conta que tem alguns em mente, e que talvez participe da Maratona do Rio de Janeiro, que acontece em junho. “Gosto de maratona, mas é uma distância a qual ainda preciso aprender a encaixar o pace direitinho”, revela, humilde. Aguardemos ansiosos por mais um pódio!
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