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Australiana usa corrida para promover conscientização; entenda

A australiana Mina Guli, de 52 anos, define-se como corredora “relutante”

Ativista australiana
A ativista australiana em um terreno de São Paulo - Crédito da imagem: Kelvin Trautman

A ativista australiana Mina Guli lançou a meta de 200 corridas de 22 de março de 2022, Dia Mundial da Água, até 22 de março de 2023, data de início da Conferência da Água da ONU (Organização das Nações Unidas). Mina desembarcou em na parte boliviana do Pantanal em dezembro de 2022, veio ao Brasil na última semana de janeiro, correu pelo Rio Amazonas e avisou o povo brasileiro.

Recado da ativista australiana para os brasileiros

“Juntos, podemos enfrentar o desafio da água, o desafio de pouca água ou muita água ou muita água suja. Podemos aproveitar o poder das pessoas, governos e corporações para assumir compromissos concretos sobre a água que muda a vida de milhões de pessoas. Não estou sugerindo que isso será fácil ou não terá seus desafios”, disse Mina Guli com exclusividade para o Sport Life.

Detalhes dessa experiência

A australiana expôs para reportagem a sua tamanha surpresa com a atual situação do Bioma da Amazônia, e, inclusive, citou que a precariedade do “eixo” boliviano do Pantanal intimida quem depende desse local como fonte de sua sobrevivência. Outra cidade que admitiu que esteve no mês de fevereiro foi São Paulo.

“Em janeiro, vi o desmatamento na Amazônia por mim mesmo. Um ecossistema silenciado – além de um motosserra distante ou a rachadura ocasional enquanto meus pés trituravam os galhos que cobriam o que antes era o chão da floresta. Em dezembro, visitei a parte Boliviana do Pantanal. Estava alarmantemente seco. Me disseram que era o mesmo no lado brasileiro. É loucura pensar que a maior zona úmida tropical do mundo está se tornando cada vez mais seca e cada vez mais propensa ao fogo”, garantiu.

Confiança

Mina ainda mantém otimismo, ou seja, acredita que cada cidadão do Brasil pode fazer a sua parte junto com apoio do poder público. Portanto, citou que é uma questão de utilidade pública e só seguirá adiante caso aconteça o esforço coletivo.

“A minha mensagem é que podemos enfrentar estes desafios e resolver as crises hídricas do mundo. Porém, grandes objetivos precisam que estejamos preparados para fazer coisas difíceis. Governo, empresas e, claro, indivíduos. Cada pessoa no Brasil tem um papel a desempenhar, mesmo que pareça apenas uma ‘gota’ na Amazônia. Porque cada gota conta”, disse.

“Quanto mais vozes e quilômetros temos, mais barulho fazemos e mais impulso criamos para a mudança! Levarei todos estes votos, todos estes apelos para a Conferência das ONU sobre a Água para mostrar aos líderes mundiais que as pessoas em todo o mundo exigem ação”, garantiu.

Quem é ela?

Mina Guli ocupa a função de CEO da Thirst Foundation, organização sem fins lucrativos cuja proposta é o trabalho contra a crise da água. Guli sentiu o “gosto” pela questão quando trabalhava como advogada na cidade de Melbourne, na Austrália, época que significou o seu “estopim” com sua frustração com base na falta de atenção que esse assunto era tratado.

“Eu cresci em Melbourne, passei por 10 anos de seca, onde eu vi como as conversas da mesa de jantar mudaram a maneira como todos nós estávamos economizando água e quais dicas e truques estávamos usando. Fomos a centros comerciais onde vimos as fontes de água no interior substituídas por plantas em vasos de plástico. Eu passava horas levando a água das banheiras para o jardim para que reutilizássemos cada balde. Então, eu entendi muito bem os desafios da água”, recordou.

Por que corredora relutante?

“Já disse muitas vezes que não sou corredora e não gosto de correr. Escolhi correr porque é difícil, e queria mostrar que temos a capacidade de alcançar coisas difíceis e alcançar grandes objetivos, um passo de cada vez. É por isso que eu corro. Aumentar a conscientização e mostrar que pequenos passos podem fazer grandes mudanças acontecerem”, afirmou.

Rota cumprida até aqui

A ativista australiana concluiu 150 corridas com 42.195 km de extensão. A possível conclusão da última etapa irá garantir o percurso de 8.439 km, que é como se fosse correr do norte do Marrocos ao norte da Estônia. Essa distância se equipara do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), municípios de dois extremos brasileiros e que se equivalem a cerca de 7.100 km.

“É difícil identificar apenas um, há tantos e, infelizmente, alguns são inesquecíveis pelas razões erradas. Eu fico de pé nas margens do que antes eram lagos como o Lago Mead, nos Estados Unidos, ou o Mar de Aral, no Uzbequistão. Percebi quanto dano infligimos a este planeta, quantas vidas e espécies impactamos e nos sentindo tão pequenos diante da enormidade do problema que estamos enfrentando”, concluiu.

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