Logo após treinar e até 30 minutos depois da atividade, o nosso corpo fica mais receptivo a fazer uso dos nutrientes. Por isso, a importância de se escolher muito bem a comida nesse período.
Chamado de janela de oportunidade por alguns nutricionistas, esse período é essencial. Pois, ao ingerir um mix de carboidratos de alto índice glicêmico e proteínas, logo após se exercitar, o corpo consegue repor parte dos estoques de glicogênio que foram gastos enquanto você suava a camisa.
Segundo a nutricionista Felicia Stoler, membro do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), a comida é o único meio para a reposição de nutrientes. “A indústria quer que as pessoas pensem que precisam de um produto de recuperação pós-exercício. Mas quem treina para manter a forma, para perder peso ou para ganhar saúde não precisa de nenhum complemento especial se ela ingere uma gama completa de macronutrientes”, garante.
Ela também lista, de maneira bem simples, quais são os ingredientes que não podem faltar na comida em ordem de importância: água, eletrólitos, carboidratos, proteína e gordura.
A falta desse pós-treino pode trazer desde resultados contrários. Ou seja, fazer com que o exercício não traga os benefícios que você esperava, até causar lesões. “Não comer absolutamente nada pode minar as reservas de energia (o glicogênio), obrigando o corpo a buscá-la em outro nutriente. Muitas vezes, quando o objetivo é ganho de massa muscular, isso não acontece. Pois a proteína, que deveria colaborar com a reparação muscular, foi destinada para a geração de energia. Outro problema é o aumento da possibilidade de lesões. Por que se a reserva de proteínas estiver pequena, não haverá muitos aminoácidos disponíveis para fazer a reparação muscular”, explica a nutricionista Viviane Lago.