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Caminhar reduz risco de demência; saiba quantos passos são necessários

Levantamento feito com mais de 78 mil pessoas mostra que caminhar diariamente reduz as chances de desenvolver demência

Demência: estudo mostra quantos passos por dia combatem a doença
Demência: estudo mostra quantos passos por dia combatem a doença / Foto: Shutterstock

Caminhar entre 3.800 e 9.800 passos por dia ajuda a reduzir o risco de demência. Foi o que concluiu um estudo publicado recentemente na revista científica JAMA Neurology. Na pesquisa, cientistas dinamarqueses e australianos acompanharam mais de 78 mil pessoas por sete anos, todas com idades entre 40 e 79 anos.

Os participantes do estudo usaram acelerômetros de pulso. Com os dados levantados, os pesquisadores contaram o número total de passos de cada pessoa por dia e, em seguida, os classificaram em duas categorias: menos de 40 passos por minuto – o equivalente a uma caminhada de um cômodo para outro – e mais de 40 passos por minuto, ou a chamada caminhada “intencional”.  A equipe também analisou os melhores desempenhos. Ou seja, aqueles que deram mais passos em 30 minutos ao longo de um dia.

Em seguida, os pesquisadores compararam os passos com os diagnósticos de demência recebidos neste período de sete anos. Foi levado em conta fatores como idade, etnia, educação, sexo, status socioemocional, frequência de uso do acelerômetro. Além disso, o estilo de vida, como má alimentação, tabagismo, uso de álcool, uso de medicamentos, problemas de sono e também o histórico de doenças cardiovasculares.

Impactos no desenvolvimento da demência

Os resultados mostraram que pessoas com idades entre 40 e 79 anos que deram 9.826 passos por dia apresentaram uma redução de 50% no risco de desenvolver demência nos próximos sete anos. Mas uma caminhada menor também mostrou benefícios: aquelas que andaram aproximadamente 3.800 passos reduziram o risco de demência em 25%.

Além da quantidade, a intensidade da caminhada é outro fator importante na prevenção de doenças neurodegenerativas. O estudo mostrou que as pessoas que andavam a um ritmo superior a 40 passos por minuto, por exemplo, apresentaram redução de 57% no risco de demência com apenas 6.315 passos diários. No entanto, a maior redução na probabilidade da doença, 62%, foi alcançada por pessoas que caminharam em um ritmo muito rápido de 112 passos por minuto, durante meia hora por dia.

Isso sugere que aqueles que não querem caminhar por um período mais longo, podem acelerar, em vez de aumentar a distância. Hoje, dispositivos eletrônicos como smartwatches e até smartphones contam os passos dados automaticamente. Mas há outras formas de fazer isso. Por exemplo, é possível contar o número de passos que você dá em 10 segundos e então multiplicá-lo por seis.
Uma série de estudos recentes mostram que, além da caminhada, a musculação pode ajudar a deixar o cérebro mais forte e saudável. Outras modalidades também são eficientes. Enquanto os exercícios aeróbicos desenvolvem as conexões cerebrais, os anaeróbicos aumentam o tamanho do hipocampo, melhorando a memória espacial.

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