Impossível não sofrer correndo uma maratona. Isso é inerente a essa prova tão exigente devido ao impacto prolongado (são 42 k, afinal!) sofrido pela musculatura e pelas articulações das pernas. Mas você sabia que algumas pessoas demoram ainda mais para se recuperar?
“Isso acontece devido às variações de cada atleta. Assim, a recuperação pós-prova está ligada à genética e ao treinamento realizado”, diz Paulo Lourega, fisiatra e membro da diretoria da Sociedade de Medicina do Esporte do Rio de Janeiro (SMEERJ).
Por isso, além do preparo físico, é recomendado, também, que você planeje a sua fase de recuperação, para que ela ocorra de forma saudável e rápida. “Lembre-se de que correr uma maratona leva o seu corpo a um grau relativamente elevado de destruição do tecido muscular e, por isso, leva-se algum tempo para recuperar as fibras musculares. Essa destruição muscular depende de vários fatores, como peso, biomecânica de corrida, condições climatológicas, características do pavimento e nível da competição e do treinamento”.
O período de recuperação começa no dia seguinte ao da competição e dura pelo menos quatro semanas. “Nesse tempo, você pode fazer um trote suave, de curta duração, para relaxar, exclusivamente. A grama, por ser mais macia, é o lugar mais indicado para se correr. A natação também ajuda o maratonista a manter o condicionamento nessa etapa”, recomenda.
Outra dica é cuidar da alimentação, pois ela influencia, e muito, nesse processo. “A recuperação do glicogênio muscular acontece, prioritariamente, nas duas horas posteriores à prova, quando a absorção dos carboidratos é favorecida. Por isso é tão indicado comer frutas, que são ricas em carboidratos e sais minerais”, complementa. Mantenha, ainda, uma dieta rica em carboidratos por dois ou três dias.
E demore esse mesmo período de tempo para voltar a comer o que estava acostumado antes da prova.
Por fim, vale ressaltar que o ideal é não fazer mais de uma maratona por ano, e sempre se alongar depois de terminar de correr.