A progressão de carga é algo que grande parte dos praticantes de musculação buscam em seus treinos. Além de funcionar como um parâmetro de evolução, o método também ajuda a acelerar o ganho de massa muscular, mantendo uma boa intensidade.
No entanto, o que talvez algumas pessoas não saibam é que para realizar uma boa progressão de carga não é obrigatório aumentar o peso do exercício. Ou seja, se hoje você fez um supino com 10 kg de cada lado, na semana que vem não será necessário fazer com 12kg. ´É possível evoluir de outras maneiras.
“Existe o conceito de progressão de carga para os melhores resultados. Porém, o que não é entendido é que essa carga que estudamos não é a quantidade de peso do exercício e sim algo que é chamado na literatura de magnitude de carga. E ela pode ser dividida em quatro valores: carga de choque, ordinária, estabilizadora e regenerativa”, explica o treinador Leandro Twin.
De acordo com o especialista, isso significa que para realizar a progressão de carga, uma pessoa pode trabalhar diferentes variáveis e não se prender apenas ao aumento de peso, que também é uma alternativa, mas não a única. Durante o treino, o ideal, portanto, é controlar volume, intensidade, frequência e densidade.
Uma boa métrica para utilizar no dia a dia, segundo o treinador, é apostar nos treinos até a falha. “Se você não atualizar as métricas do seu treino ele vai se tornando ineficiente. Porém, quando a gente resolve treinar até a falha, automaticamente nós estamos levando sempre o treino até o limite de cada dia. E isso já é o suficiente”, diz.
“Eu posso deixar o treinamento mais difícil pedindo para o meu aluno fazer um movimento mais lento, com mais repetições, ou talvez treinar um grupamento muscular duas vezes na semana ao invés de uma. Existem várias circunstâncias que eu posso utilizar para uma progressão de magnitude de carga, colocar mais peso no exercício é também uma opção, mas não a única”, finaliza Twin.