Com histórias diferentes, cada uma com suas dores e alegrias, as mulheres ganham seu espaço nas trilhas e montanhas. Correr ultramaratonas, segundo algumas delas, oferece força e liberdade como poucas situações são capazes de proporcionar. Basta participar de algumas provas de montanha para se certificar de que elas estão em desafios que deixam muitos corredores experientes no chinelo.
Cláudia Souto, 44 anos, dona de casa, mora em São Paulo (SP) e conta sentir um prazer enorme ao terminar uma prova e receber o carinho de amigos e família.
Confira a história de mais uma atleta da nossa série sobre mulheres ultramaratonistas:
“Comecei a correr em 2002 para largar o vício do cigarro e logo me apaixonei pelo esporte. Hoje é meu maior vício e uma das minhas paixões! Sou casada com um corredor e ele é um dos meus maiores incentivadores, um verdadeiro parceiro! Sou do lar e faço tudo que uma dona de casa faz. Além de todo esse trabalho, sou ultramaratonista. Graças a Deus, sempre tive bastante incentivo da minha família e dos amigos!
Fiz minha primeira maratona em 2004 e me encantei pelas longas distâncias, percebendo que tinha resistência para participar de provas assim. Dois anos depois, estava participando da minha primeira ultramaratona.
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Acho sensacional a presença feminina nas ultras, pois somos fortes e determinadas. Eu já não vivo sem a corrida: tenho um prazer enorme em terminar uma prova e receber o carinho dos amigos e da minha família. Quando fiz a Spartathon na Grécia, mesmo sem falar uma palavra em inglês me comunicava com todos os corredores que encontrava, falando do meu jeito, com um gesto ou um sorriso.
As pessoas perguntam o que penso durante uma prova longa. Penso em coisas boas e pessoas que me motivam. Corro feliz e com alegria! A sensação de terminar uma prova longa é surreal.”
Texto e Pesquisa: Amanda Preto e Gabriel Gameiro | Edição: Victor Moura