O número cem já é considerado razoavelmente grande, principalmente quando associado a distâncias a serem percorridas. Para muitos, isso pode parecer impossível, mas não para Nínive Oliveira de 30 anos, que vem encarando esse desafio há três anos.
Tornar-se uma ultramaratonista não havia sido planejado por Nínive Oliveira, que teve o vôlei como seu primeiro esporte. Após parar de frequentar as quadras, a moça decidiu ir para a academia. No local, ela decidiu iniciar uma atividade aeróbia e acabou escolhendo a corrida. “Era um exercício de cardio fácil e acessível”, conta a personal trainer.
Com a esteira como sua primeira pista de corrida, a garota de 19 anos nem imaginava que enfrentaria terrenos de uma trail run. “Eu não via a corrida como um esporte”, relembra da época em que começou a praticá-la. Mas, logo o prazer da atividade começou a tomar conta da sua rotina e está presente há mais de dez anos em sua vida.
Sua grande inspiração para começar a correr foi sua mãe Angélica, falecida há cinco anos. Após dois anos do ocorrido, Nínive decidiu entrar para o mundo das ultramaratonas. “Nunca tinha imaginado. Para mim, fazer 10km já era ‘uau’, o máximo”, comenta sobre sua evolução no esporte.
A primeira ultramaratona da personal trainer foi aos 27 anos, com um trajeto de 75km, entre Maresias e Bertioga. “Demorei 10 horas para completar e fui acompanhada pelo meu pai Rubens, que é triatleta”, conta. Depois dessa, ela não parou mais, participando de muitas outras. Encarou 100km, em Santa Catarina, e até mundo afora, em Salzburg, Áustria.
Para continuar enfrentando os desafios das provas de longa distância, Nínive Oliveira mudou-se para Florianópolis, onde o relevo de montanhas é melhor para treinar. Em 2016, ela parou de trabalhar como personal para se dedicar ao esporte. “Correr é algo que eu descobri amar, agora meu objetivo é a corrida”, termina dizendo.