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Setembro Amarelo: atletas fazem alerta sobre saúde mental

Rebeca Andrade, Ana Marcela, Etiene Medeiros, Raissa Machado e Fernanda Keller falam da importância de cuidar da saúde mental

Setembro Amarelo: atletas fazem alerta sobre saúde mental
Setembro Amarelo: atletas fazem alerta sobre saúde mental / Reprodução Instagram (@rebecarandrade; @raissarochamachadooficial e @anamarcela92)

No mês de conscientização e prevenção ao suicídio, conhecido como Setembro Amarelo, atletas brasileiras de alto rendimento fazem um alerta sobre a importância da atenção à saúde mental. Rebeca Andrade, Ana Marcela Cunha, Etiene Medeiros, Raissa Machado e Fernanda Keller relatam ter passado por situações como depressão, burnout e crises de ansiedade. Elas destacam ainda como o acompanhamento psicológico é fundamental para superar as adversidades.

A ação faz parte do projeto Inspire, movimento que visa incentivar o protagonismo feminino e dar visibilidade à luta contra a desigualdade de gênero. Confira os relatos de cada uma das atletas sobre os desafios e cuidados com a saúde mental:

“Eu teria desistido, largado tudo”, conta Rebeca, que teve ansiedade ao sofrer lesão

“Tive crise de ansiedade. Desde meus 5 anos estou preparada para treinar, não para sofrer uma lesão”, conta a ginasta e medalhista olímpica Rebeca Andrade que, nas três vezes em que se lesionou, quis parar de treinar e desistir. “A gente tem que trabalhar tanto, tem que ter pessoas que estão dispostas a nos ajudar. Porque, por mim, eu teria desistido, largado tudo e jogado para o alto. Mas não era para acontecer, não era para eu fazer isso. Então, eu tive apoio dos profissionais que trabalham comigo, do meu treinador que foi incrível e que está comigo desde meus 6 anos de idade”, conta.

Rebeca tem acompanhamento psicológico desde os 13 anos de idade, não só com foco em preparação mental para seu desempenho nos treinos e competições, mas para lidar com questões pessoais e seu bem-estar. Com isso, Rebeca aprendeu exercícios de respiração para lidar com o nervosismo pré-competição. Ela conta que o suporte foi muito importante para enfrentar as dificuldades diante das lesões que superou e, assim, seguir com o esporte.

“Passa um turbilhão na cabeça”, lembra Ana Marcela, sobre doença autoimune

“Meu momento mais marcante na vida pessoal foi quando descobri uma doença autoimune. Começa a passar um turbilhão na cabeça: será que eu vou ter o mesmo rendimento, será que vou ser como eu era?”, conta a nadadora Ana Marcela Cunha, campeã olímpica e mundial de maratonas aquáticas. 

Como atleta de alto rendimento, Ana superou problemas de saúde sérios e enfrentou cirurgia, além da pressão por resultados. Nesse contexto, ela faz acompanhamento psicológico periódico. “Temos que ver o poder da mente, esse aspecto psicológico, por outro lado: a gente não vai só para se tratar, a gente vai para melhorar”, declara.

 “Falei: Preciso reorganizar minha mente”, diz Etiene Medeiros

A nadadora Etiene Medeiros passou por situações de depressão e burnout, e hoje faz acompanhamento psicológico. Nesse período, conta que não sentia mais prazer nos treinos, em sua rotina e em tudo que a rodeava. “Começa a entrar em uma situação muito intensa de desprazer, então eu pedi socorro. Falei: ‘Preciso reorganizar a minha mente’”, relembra.

Ela relata como foi importante seu técnico identificar esses momentos. A nadadora buscou ajuda e reconhece que passar por isso pode causar sentimentos como vergonha e pressão.

 ‘Busque ajuda, não tenha vergonha’, aconselha Raissa Machado

“É uma doença, mas uma doença que cura”, destaca Raissa Machado, atleta paralímpica de lançamento de dardo. Ela destaca sua superação pela sua condição física e a luta por auto aceitação acerca dos desafios de ser uma pessoa com deficiência. Para ela, o acompanhamento psicológico em sua preparação para as Olimpíadas de Tóquio foi fundamental.

Raissa superou preconceitos sobre sua deficiência e autoestima, e reconheceu sua capacidade de ser quem ela quiser. “Eu não sabia que estava com depressão. Sabia que estava triste, muito abalada, mas não sabia que era depressão”, conta ela. “Sobre saúde mental, meu conselho é: busque ajuda, não tenha vergonha”, destaca.

“Não era sobre ganhar, era meu sonho”, descreve Fernanda Keller

A triatleta Fernanda Keller já chegou a pensar em parar de competir: passando por um momento difícil na vida pessoal, em 2008, com seu pai no hospital, ela teve um bloqueio no início da competição de Iron Man Brasil. No entanto, Fernanda conseguiu superar e decidiu se desafiar, passando por cima das dificuldades. “Não era sobre ganhar da outra atleta. Aquela prova era minha, era meu sonho. Ninguém queria ganhar aquela prova mais que eu. Era a homenagem mais linda que eu podia fazer pra ele e foi minha despedida”, emociona-se Fernanda, que também destaca a importância de suporte e acompanhamento psicológico no esporte e fora dele.

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