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Suzana Bonumá

O vinho nosso de cada dia

Os benefícios para a saúde parecem ser trazidos pelo álcool e não pela uva

Foto: Shutterstock

Sob a tutela da ciência que apoia o consumo de vinho tinto como uma estratégia para se manter saudável, a ingestão da bebida tornou-se mais permissiva e frequente ao longo dos anos. Comparando-o aos seus concorrentes alcoólicos, será que o vinho está com essa bola toda? De acordo com a ciência, a uva empresta ao vinho propriedades nobres que o lançam à frente de seus rivais, como cerveja, vodca, uísque, entre outros.

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Rico em polifenóis, promete propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, hipotensoras, anticoagulantes e anti- carcinogênicas. A cerveja chega em segundo lugar, também apresentando uma importante (porém menor) fonte de polifenóis provenientes do malte e do lúpulo. No entanto, mais estudos são necessários para comprovar a sua bioatividade no plasma humano.

O que pesquisas vêm demonstrando é que alguns dos benefícios atribuídos ao vinho deveriam ser creditados ao álcool presente nele e não somente às uvas. Nesse caso, não seria exclusividade do vinho, mas sim de todas as bebidas compostas de etanol, alguns efeitos benéficos à saúde, como a redução no risco cardiovascular e a menor mortalidade geral.

Comparando um grande número de pessoas ao longo de 12 a 20 anos, pesquisas comprovaram que aqueles que tinham um consumo de leve a moderado de álcool tiveram taxas de morte cardiovascular de 30% a 40% menores em relação aos abstêmios, independentemente do tipo de bebida. Assim, discute-se a sugestão de que parece que uma dose controlada de bebida alcoólica pode promover um efeito cardioprotetor. Essa dose, considerando indivíduos sem doenças e com estilo de vida saudável, é de 25 ml de etanol por dia, o que significam duas taças de vinho, duas latas de cerveja ou duas doses de bebida destilada. Para as mulheres, a dose indicada é metade da dos homens, ou seja, 12,5 ml de etanol. Além desse limite, o álcool pode provocar inúmeros efeitos deletérios.

Portanto, aos que bebem diariamente, a boa notícia: parece haver uma dose segura para apreciar um drinque e ainda beneficiar a saúde. O vinho tinto ainda parece ser a melhor, mas não a única, opção. Aos que não bebem diariamente, recomendo que não mudem seus hábitos. Ainda é cedo para apostar nessa estratégia como prevenção de problemas cardiovasculares. Além disso, a bebida alcoólica, mesmo em quantidades pequenas, pode provocar aumento de gordura corporal e redução da performance.

Apesar do efeito cardioprotetor relatado em inúmeros estudos, não se empolgue imaginando que o álcool pode substituir hábitos saudáveis. Bom mesmo para o coração é praticar exercícios regularmente, alimentar-se bem e não fumar.

Escrito por

Diretora da Consultoria Nutricional Food Coach e especialista em fisiologia do exercício

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