Dores na articulação do joelho são, de longe, as queixas mais comuns de quem pratica atividade esportiva, seja de um atleta regular ou de um praticante de finais de semana. Segundo a Sociedade Americana de Ortopedia, cerca de 40% dos problemas de joelhos diagnosticados estão relacionados com o desgaste da cartilagem patelar, a chamada condromalácia patelar, conhecida popularmente como “joelho de corredor”.
A condromalácia patelar é uma lesão muito frequente na população, especialmente entre as mulheres, e pode comprometer tanto a prática esportiva quanto a própria qualidade de vida de quem a possui. Também conhecida como “dor fêmur-patelar”, a condromalácia é uma patologia caracterizada pela degeneração da cartilagem do joelho, podendo ter vários graus de desgaste, desde uma fragilidade mais simples até um nível mais avançado de fissura e quebra do tecido.
“O quadro mais grave é quando praticamente não há mais cartilagem no joelho, chegando a tal ponto de provocar atrito entre os ossos, do fêmur com a tíbia. É esse atrito que causa as dores intensas quando a pessoa faz algum movimento. O que dói, na verdade, é a sobrecarga causada pela falta desta cartilagem. Como as estruturas de tendões e músculos ao redor são muito enervadas, a dor será uma consequência dessa sobrecarga”, comenta a fisioterapeuta Ana Carolina Dutra.
Conheça outras lesões comuns entre os corredores:
A fisioterapeuta explica que há diversos fatores que causam a condromalacia patelar, mas os principais são:
- Má postura
- Desalinhamento do quadril, patela e tornozelo
- Desequilíbrio de força entre as pernas
- Sobrecarga
- Exercícios de Impacto (ex: corrida)
- Subir e descer escadas
- Agachar
- Ficar muito tempo sentado
- Caminhar em superfícies muito íngremes
- Usar salto alto
Afinal, correr ou não correr?
A especialista afirma de forma categórica que não, durante a condromalacia não é aconselhável praticar corridas. Especialmente por se tratar de uma prática que causa impacto nas articulações e que pode favorecer o fator causador da lesão.
“Portanto, é importante que a condromalacia seja tratada antes de voltar à prática esportiva, e esse tratamento deve contemplar consultas e exames médicos e, sobretudo, um programa específico de fisioterapia, para ajudar no fortalecimento e alongamento dos músculos da coxa”, complementa.
Segundo a especialista, o fortalecimento muscular é um dos procedimentos mais importantes no tratamento fisioterapêutico, pois protege a cartilagem do impacto do movimento, livrando-a, em parte, da sobrecarga. A medida em que o paciente responde ao tratamento, a prática esportiva é liberada aos poucos.
Fonte: fisioterapeuta Ana Carolina Dutra, da Clínica Vitalitè.
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